Ricardo Gondim
O Brasil enfrenta uma das piores crises de sua história. Uma crise tal que os futuros historiadores terão dificuldades de explicar como foi possível este país construir uma catástrofe destas dimensões ao chegar no final do século XX.
Estamos desarticulados socialmente. Os sintomas desta desarticulação se mostram na miséria que se perpetua nos subúrbios dos grandes centros urbanos, na deseducação das crianças que são forçadas a estudar em escolas públicas em ruínas; no esvaziamento do campo e na explosão urbana. Nossa desarticulação social se revela mais exuberante na perda do sentimento de nacionalidade: vive-se uma descrença em relação ao futuro. Somos o país em que políticos ainda se elegem promovendo laqueadura de trompas e distribuindo dentaduras. Observa-se a lenta perda do poder aquisitivo da classe média e nenhuma melhoria para a maioria pobre. Vive-se uma desigualdade regional. O sul próspero e o norte e nordeste com índices africanos. Convivemos com o paradoxo de sermos um dos mais ricos países do mundo em terras e ainda assim sermos um dos mais pobres em nutrição; termos uma enorme quantidade de escolas de medicina e estarmos classificados de acordo com Organização Mundial de Saúde quanto a saúde pública em centésimo vigésimo quinto lugar. Segundo dados preliminares do Ministério do Bem Estar Social, haveria no Brasil, dezenas de milhares de adolescentes prostitutas. Muitas delas acabam engravidando reproduzindo o ciclo da miséria. Outras, engrossam as sombrias estatísticas de aborto e mortalidade materna.
Dois em cada dez brasileiros vão dormir com fome.
Trinta e dois milhões de indigentes, pessoas que não conseguem comprar sequer uma cesta básica.
365 mil crianças abaixo de 5 anos morrem por ano no Brasil vítimas de desnutrição. É mais que 3 estádios do Morumbi.
O Brasil é um país com uma economia doente, sucateada com uma recessão brutal que mantém os índices de inflação baixos; cartelizada; dependente do protecionismo e subsídio do estado, refém dos grandes bancos, escrava à especulação do capital estrangeiro. O estado está falido, o sistema médico e previdenciário dilapidados. O sistema fiscal desmoralizado, perverso, incoerente. O salário mínimo, um dos mais baixos do mundo. O brasileiro é obrigado a conviver com as mais altas taxas de juros do planeta. Por conta disto, as estradas brasileiras são esburacadas, impedindo o fluxo da riqueza para os grandes portos, o trânsito nas grandes capitais é caótico, o transporte público bagunçado. As cadeias públicas super lotadas, transformaram-se em antros de criminalidade. As polícias mal pagas e mal equipadas são temidas pelos cidadãos e escarnecidas pelos bandidos. O estado não tem recursos para cumprir com suas obrigações previstas na Constituição.
Ecologicamente o Brasil é um desastre. Os rios e florestas destruídos pela exploração irresponsável de seus recursos naturais. Desequilibramos nosso ecossistema quando transformamos algumas de nossas lindas cataratas em imensos lagos artificiais. Poluímos nossas praias pela especulação imobiliária. Continuamos a devastar nossa selva para suprir o guloso mercado madeireiro do primeiro mundo. O resultado patético vê-se – e cheira-se – por todas parte: nossos rios são esgotos abertos, alguns de nossos prados se parecem com cenários lunares. Algumas de nossas montanhas, corroídas pela erosão, são retratos surrealistas de nossa miséria.
O Brasil é o país da degradação ética. Vive-se aqui a generalização do oportunismo político. Há conivência com a irresponsabilidade. Como é grande nossa tolerância com a corrupção – grande ou pequena! A fraude é vista como fato normal. Os interesses corporativos prevalecem sobre os sociais. Aceitamos, sem perdermos o sono, a coexistência gritante da ostentação com os mais dramáticos níveis de miséria. A injustiça social no Brasil é uma das mais alarmante do mundo, sem que haja consternação das elites e das emergentes. Dinheiro que deveria ser destinado a merenda escolar de crianças é desviado para gordas contas na Suíça. Promessas eleitoreiras se repetem de tempo em tempo, enquanto nossas cidades estão entulhando-se de desempregados crônicos – os chamados excluídos. Parece que o deboche diante da tragédia está passando a ser parte de nossa cultura. O conformismo, a falta de espírito público tanto da classe política da esquerda como da direita são características de nossa enfermidade ética. Somente aqui a vergonhosa lei do Gerson nos faz rir e não corar de vergonha.
Por mais que o nosso presidente diga que não, somos uma vergonha, no cenário internacional. Lá fora nos conhecem como o país da violência generalizada, da corrupção, da devastação da Amazônia, do assassinato de crianças e de índios. Somos vistos como o país do sexo promíscuo do carnaval. Muitos europeus lembram-se do Brasil como exportador de travestis.
Aqui neste espaço, nos concerne refletir sobre quais os posicionamentos do evangelho na difícil tarefa de equipar os brasileiros como atores sociais. Qual o papel da igreja evangélica brasileira? Ela é povoada de cidadãos da Cidade de Deus? A igreja produz cidadãos também para o aqui e agora?
É de bom alvitre que se leia neste ponto de nossa reflexão o capítulo 22 de Mateus, dos versículos 15 ao 22.
“Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam em alguma palavra. E enviaram-lhe os discípulos, juntamente com os herodianos, para dizer-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus, de acordo com a verdade, sem te importares com quem quer que seja, porque não lhas a aparência dos homens. Dize-nos, pois: que te parece? É lícito pagar tributo a César ou não? Jesus, porém, conhecendo-lhes a malícia, respondeu: Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. Trouxeram-lhe um denário. E ele lhes perguntou: De quem é esta efígie e inscrição? Responderam: De César. Então, lhes disse: Daí, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Ouvindo isto, se admiraram e, deixando-o, foram-se.”
Neste texto de Mateus, Jesus já está em Jerusalém e de lá só sairá pela chamada Via Dolorosa. A multidão o aclama e o clima está se tornando insuportável. Depois de insistir em falar de assuntos inquietantes, há uma conspiração que tenta surpreender-lhe. Os fariseus se retiraram, a fim de planejar o modo pelo qual poderiam apanhar Jesus na armadilha de alguma palavra. Decidiram enviar alguns de seus discípulos, com os herodianos, a fim de propor-lhe uma questão controvertida a respeito de pagamento de impostos ao imperador romano. Nada sabemos a respeito dos herodianos, senão o que está registrado aqui. Supõe-se que seriam defensores judeus de Herodes Antipas, que apoiavam o colaboracionismo aos conquistadores romanos.
“Começam com lisonjas. Mestre, bem sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus com toda sinceridade. Tu não te preocupas com o que pensam as pessoas, porque não te interessas por ganhar-lhes o favor. Então diga-nos, é lícito pagar tributo a César, ou não? Fica claro como cristal o dilema que propõem a Jesus. Se ele se opusesse ao pagamento de impostos, estaria em dificuldades com as autoridades civis. Os herodianos o acusariam de tentar incitar uma rebelião. Se aprovasse o pagamento dos impostos, perderia popularidade. Parecia que não havia meio de ele responder à pergunta sem sair perdendo.
O imposto a que se referiam era uma taxa per capita obrigatória a cada cidadão a partir da puberdade até os sessenta e cinco anos. Devia ser pago em moeda romana ao tesouro imperial. O povo judeu se ressentia do pagamento de tal imposto, porque lembrava a todos que eram vassalos de uma potência estrangeira que lhes confiscara a terra e, agora, lhes extorquia uma soma de dinheiro que engordaria os cofres do imperador.”
O texto é da maior importância porque ele nos arremete aos posicionamentos de Jesus Cristo sobre a difícil questão da cidadania. Sua resposta fornece princípios sobre como a igreja se comporta quando confrontada com o dilema ideológico. Aqui precisamos abrir um parêntese para esclarecermos o que entendemos por ideologia.
Ideologia seria a lente que nos capacita a ler nossa realidade, a natureza de nossas estruturas e quais as possibilidades escatológicas.
A escolha do texto, a observação de como Cristo reagiu não é por acaso. Pois o comportamento do cristianismo através dos séculos não foi sem tensões, ambigüidades. Como agir, reagir, comportar-se como cidadãos de dois reinos? Até que ponto é permitida a desobediência civil, a revolta armada, o exílio?
Ainda na embrionária igreja primitiva esse dilema se apresenta diante de Pedro e João. Acusados de causar incômodo religioso na monolítica Jerusalém judaica, Pedro reagiu diante do mesmo Sinédrio que conduziu a condenação de Cristo afirmando em Atos 4.19:
“Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus.”
Pouco tempo depois insistiu em Atos 5.29:
“Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.”
Entretanto, Paulo, quase que contradizendo a postura de Pedro ensina em Romanos 13.1-7:
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Quere tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência. Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço. Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.”
Assim, por toda a história, o comportamento dos cristãos em regimes totalitários, sociedades eticamente adoecidas e em culturas perversas não foi sempre homogêneo. Algumas vezes pareceu coerente:
Quando a perseguição e martírio dos cristãos era comum no mundo antigo, foi necessário optar não pela resistência aos regimes, mas ao exílio. Por isso, foram construídas as catacumbas.
Já nos tempos dos gladiadores, Roma já encontrava-se encharcada pelo cristianismo. Foi a militância dos cristãos que estancou o sangue que jorrava no Coliseu.
Em algumas circunstâncias, os regimes valeram-se dos cristãos para legitimar suas ambições de conquistas, seus sistemas de dominação e suas guerras sangrentas.
Diz-se que Isabel, a católica cometeu mais atrocidades em nome de sua fé do que Nero jamais por causa de sua perversão.
Hoje, sabe-se que grande parte do poder religioso calou-se quando Hitler dizimava os judeus, os ciganos, os homossexuais e os deficientes físicos. Quando não houve conivência, houve um silêncio cômodo.
Salazar, em Portugal, Franco na Espanha, e os regimes totalitários da América Latina contavam com o apoio da Cúria.
No Brasil, o regime ditatorial mais longo de nossa história, o que começou em 1964, na verdade não teria vingado se fosse a Marcha por Deus e pela Família, liderada pela igreja católica. Os evangélicos calaram-se pelas três décadas. Crente que fosse verdadeiramente, votava na Arena. Os militares contaram com a obediência serena e meiga dos evangélicos. Enquanto atrocidades eram cometidas nos porões do Doi Codi e nos porões da repressão, alheios, continuávamos conduzindo reuniões evangelísticas. Acreditamos que os comunistas eram perigo tão grande, que deveríamos no unir aos militares por que eles derrotariam as forças do mal.
Em Ruanda, hoje sabe-se a política de extermínio na questão étnicas entre os Tutsis e os Hutus teve o aval da igreja cristã local.
Eis porque devemos observar o comportamento de Cristo diante do impasse que lhe apresentaram:
1. O conceito cristão de cidadania dessacraliza os processos políticos.
Ele pergunta, de quem é a efígie na moeda. A resposta obvia é que era de César. Portanto, não há uma ótica transcendente na leitura daquele regime. O regime de César não é visto como agente do mal e nem como agente do bem; é visto como uma manifestação dos processos humanos de condução da história.
Para cristo, os sonhos teocráticos estão esvaziados. Ele edificará um reino que não guerreará pelos mesmos espaços geográficos que Roma, seu reino não usa a nomenclatura do poder de César, não aparecerá um novo partido dentro da confusa geo-política palestina do primeiro século.
O evangelho não contempla no socialismo o sonho de concretização do reino. Sequer consegue ver o capitalismo que faz do dinheiro o seu deus, a possibilidade de encarnar a utopia do novo céu e da nova terra.
Isso força o cristianismo a interpretar sua realidade histórica à luz da realidade e não do ideal. Quando se indaga a Cristo se deve pagar impostos a Roma, está embutida na pergunta uma inquietação: Um povo deve subjugar outro povo. Uma nação poderosa deve extorquir impostos de outra nação pobre? Não. O ideal não é que isso aconteça, mas o cristianismo não trabalha com pressupostos do ideal e sim do que é. O ideal é que não se gastasse bilhões na indústria das armas, o ideal é que o sistema financeiro não premiasse a especulação e sim a produção, o ideal é que o sistema não se alicerçasse sobre a ganância e sim sobre a solidariedade.
Foi devido a isso que a escravatura não é duramente combatida nas páginas do Novo Testamento. Na realidade em que foi escrito, a escravatura era amplamente difundida. Os autores mergulhados na realidade histórica que viveram sem percepção nítida de como aquela situação pudesse ser revertida não tentam desmoronar o sistema da escravatura, mas lutam para humaniza-lo.
No exercício da sua cidadania o cristão reconhece sua realidade mas não se encaramuja pela distância entre o que é e o que desejamos que seja. O ideal é que não houvesse meninos morando nas ruas, chacinados por hordas de justiceiros. O ideal é que não haja traficantes vendendo crack para os miseráveis que já vivem no inferno. Entre este ideal e o que vemos quotidianamente há um abismo enorme. O que fazer. O evangelho desafia os cristãos a lutar para que eles sejam cuidados, que as estruturas que perpetuam esse estado de coisas sejam derrubadas e que se engatilhem processos que prevenirão outros a caírem nesse caldeirão de desgraça.
Foi interessante a postura do Ministro da Saúde dos Governos do Jimmy Carter e do George Bush. Ele, evangélico militante, iniciou uma campanha pela distribuição de preservativos por todos os Estados Unidos. Confrontado pela Maioria Moral, se não estava legitimando a promiscuidade no país, ele respondeu: O ideal é que as pessoas vivam uma vida monogâmica, mas antes que esse ideal se concretize há milhares de pessoas se contaminando com o vírus HIV. Sou ministro da saúde, não lido com o ideal, tenho que lidar com a dolorosa realidade, portanto, vamos ensinar as pessoas a usar a camisinha.
O ideal é que não haja abortos. Entretanto, milhares de mulheres estão recorrendo a clínicas de aborto imundas. Muitas morrem por infecção. O que fazer? Creio que o conceito de cidadania deve incorporar programas alternativos de adoção, creches antes que as apedrejemos.
2. O exercício da cidadania cristã trabalha dentro dos contornos sociais, sem contudo legitimá-los.
O simples fato de pagar o tributo não significa que o regime opressor de Roma está legitimado por Cristo. Cristo não admite que suas posturas sejam exploradas por razões políticas, como também ensinou aos seus discípulos a nunca se valeram das estruturas do poder para alavancar o projeto do reino.
Francis Schaeffer é que cunhou a expressão co-beligerância. Fazem-se parcerias sem contudo legitimar.
Quando percebo que a igreja católica levantou uma bandeira digna, como sua luta contra a exploração sexual de menores, posso me aliar com ela naquela luta, sem que necessariamente esteja legitimando outros posicionamentos dela como sua mariolatria, o poder papal, etc.
Quando percebo que os sem terra, estão com reivindicações sólidas sobre a reforma agrária e sobre a injustiça social no campo o evangelho deve ratificar o esforço deles – Há muitos crentes entre os sem-terra – sem contudo, estar legitimando a invasão de prédios públicos ou estar solidário a pressupostos socialistas.
Quando o presidente da República desenvolve um projeto de cidadania, um esforço de alfabetizar os evangélicos devem se posicionar a favor, sem que com isso estejam dizendo que aprovam os métodos que foram usados para que se ganhassem os votos pela re-eleição.
“Odeio os indiferentes. Acredito que viver significa tomar partido. Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes. A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador e a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, o fosso que circunda a velha cidade e defende melhor do que nunca as ais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e, às vezes, os leva a desistir da gesta heróica.
Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lágrimas de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhe impôs e impõem quotidianamente, do que fizeram e, sobretudo, do que não fizeram. E sim que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo. Sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsando a atividade da cidade futura que estamos a construir. Vivo, sou militante. Por isso, odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.”
Antônio Gramsci – 11.02.1917.
3. O exercício da cidadania é encarado no cristianismo, não como uma atividade da redenção mas da criação.
A função de governar a terra e de administrar foi outorgada no Gênesis antes da queda. O cristianismo, portanto, não necessita de homens redimidos para que o bem seja promovido.
Está fora o conceito de que o Brasil será melhor quando tivermos o maior número de evangélicos no poder.
Não, o Brasil estará melhor quando tivermos o maior número de bons políticos exercendo, da mesma maneira que a aviação brasileira estará melhor quando tivermos melhores pilotos pilotando nossas aeronaves, da mesma maneira que o nosso programa de desenvolvimento da física nuclear estará melhor quando tivermos o maior número de bons físicos à frente dos nossos projetos energéticos.
4. O exercício da cidadania evangélica é ao mesmo tempo uma expressão de amor como expressão de justiça.
O âmago do evangelho é a busca da justiça em amor. E da proclamação do amor a partir
O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra. Provérbios 21.21.
O exemplo do Bom Samaritano. O fez por um sentimento de amor, talvez não passasse no teste do politicamente correto. Não houve contestação do sistema, da insegurança. Mas como expressão do seu profundo amor, a justiça foi exaltada.
Esse é o mistério da encarnação. Cristo ao mesmo tempo dá o que é de Deus e de César. O transcendente e o imanente encarnam-se. A igreja participa no palco social e constrói um castelo transcendental. Age no imanente como justiça, porque foi visitada pelo transcendente com amor.
Por isso é que historicamente ela tanto tem um:
Desmond Tutu na África do Sul que celebra um culto a Deus orando para que seja desmantelado o sistema do Aparthaid como sai pelas ruas em passeata pedindo que o regime iníquo caia por terra.
Um Martin Luther King Jr, que prega o sermão em Atlanta e faz o discurso em Washington.
Um Wilberforce que pastoreia uma igreja e ao mesmo tempo é membro do Parlamento Britânico que joga por terra o regime escravagista.
Você tem comunidades evangélicas no morro pregando o evangelho e promovendo cursos de alfabetização. Missionários que dão aula de bíblia e de cuidados de higiene.
Soli Deo Gloria
4 comentários:
Grande texto do Gondim, uma pena que ele toma certas atitudes com os pastores da betesda que eu não concordo de jeito nenhum, mas isso nem é tão pertinente quanto a urgência de sermos cristãos mais relevantes para o mundo.
Talvez se fossemos arrebatados hoje ninguém sentiria falta por que sempre fomos ocultos ao mundo temendo o ocultismo do próprio.
Em relação ao banner relaxa velhão eu mesmo logo coloco o seu e te chamei para parceria não por média ou por simples divulgação é que adimiro mesmo o teu blog e o acho essêncial.
Quero ser realmente teu parceiro brother.
msn: ceifa_rockband@hotmail.com
Abraço!
Tudo bem Marco, nem pensei que fosse neste sentido. Sempre é bom termos parceiros para projetos que acreditamos.
Eu sou da Betesda que o Pr. Ricardo pastoreia. Desconheço estas atitudes que você mencionou. Até onde sei ele teve bom relacionamento, e até quando foi execrado pelos pastores de fortaleza, os quais decidiram sair da Betesda, o Pr. Ricardo os abençõou e ainda deixou que eles ficassem com as igrejas (acho que 35 igrejas) pastoreando-as.
Mas claro, pode ter ocorrido descontentamento em outros casos.
abraços
Amigos, isso parece lavagem de roupa suja. deem o dedinho e fiquem na paz.
Que tal visitarem esse forum de discussão do ateísmo???
http://rv.cnt.br/index.php
Postar um comentário