A Bíblia Conservadora é um projeto que tem por objetivo apresentar a palavra de Deus em inglês contemporâneo, removendo ao mesmo tempo as distorções liberais.
The Conservative Bible Project
Em agosto deste ano Andy Schlafly lançou o Projeto da Bíblia Conservadora em seu conservapedia.com,«O erro dessas passagens está em ensinar às pessoas que podem fazer o que quiserem e serão perdoadas.» sáite fundado em 2006 para corrigir o suposto viés liberal da wikipédia.
Até agora o Projeto da Bíblia Conservadora, fundado por Schlafly de seu próprio bolso, completou um terço do Novo Testamento e de Gênesis. As mudanças mais controversas são a eliminação do Novo Testamento das histórias em que Jesus perdoa a mulher adúltera e perdoa seus perseguidores na cruz.
“O erro fundamental dessas passagens está em ensinar às pessoas que podem fazer o quiserem e serão perdoadas, mesmo se não se arrependerem”, afirmou Schlafly.
Schlafly observa – corretamente – que ambas as cenas não constam dos manuscritos mais antigos. Para ele, isso comprova que nunca aconteceram.
“Os liberais amam a cena do apedrejamento porque podem usá-la contra a pena de morte”, disse Schlafly. “Mas naquela época eles não apedrejavam mulheres: eles as estrangulavam”.
Ele também culpa os acadêmicos liberais por terem feito com que as traduções bíblicas do século XX, como a Nova Versão Internacional, promovessem o socialismo, o antiamericanismo e o feminismo, minimizando o julgamento de Deus e os horrores do inferno.
Seria fácil desprezar Schlafly como um excêntrico sem credibilidade, não fosse o fato de que sua conservapedia.com acumula dezenas de milhões de visitas e está presente na lista dos 50 maiores sáites conservadores dos Estados Unidos, segundo o RightWingNews.com
Mark Barna, Conservative bible hits cyberspace
A Bíblia Conservadora obedece as seguintes diretivas:
- Sistema de referência contra o viés liberal;
- Não emasculada, evitando linguagem unisex e outras distorções feministas;
- Utiliza potentes termos conservadores, atualizando palavras como “palavra”, “paz” e “milagre”;
- Aceita a lógica do inferno, jamais negando ou minimizando a existência do inferno ou do diabo;
- Expressa as parábolas do livre mercado, esclarecendo as numerosas parábolas econômicas em seu completo sentido de livre mercado;
- Exclui passagens não-autênticas inseridas posteriormente: remove passagens interpoladas sobre as quais os liberais baseiam seus argumentos, como a história da mulher adúltera.
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