Há algumas pessoas que se sentem mais tranquilas em saber que no Congresso Nacional existe uma bancada chamada de evangélica. Em tese, os valores e a cosmovisão cristã seriam defendidos ou mesmo difundidos por meio daqueles que eles apoiaram nas eleições a fim de que fossem seus representantes.
E é claro que a Bancada Evangélica se apresenta como defensora das bandeiras hasteadas pelos evangélicos. No entanto, na prática a coisa não reflete bem aquilo que na teoria é visto como a maneira ideal cristã de fazer política. Os políticos da dita bancada não se mostraram relevantes em casos como o “dos Sanguessugas”, nem denunciaram a existência do “Mensalão”, não protestam contra o funcionários fantasmas dos gabinetes dos assessores dos políticos, não se posicionam radicalmente contra a impunidade e falta de ética que permeiam a vida cotidiana da política nacional.
O que sobrou? Quase nada. Por isso esses caras precisam justificar sua existência. Eles precisam legitimar diante da grande massa evangélica a necessidade de se eleger um político que a represente. Caso contrário, tendo em vista que eles se assemelham em quase tudo aos políticos não envolvidos abertamente com a religião, não haveria razão por que elegê-los.
Obviamente, os figurões das grandes denominações sabem muito bem qual a utilidade desses indivíduos. Dentre as várias atividades na função de “despachantes” de igreja, eles servem para facilitar os processos de concessão de rádios, televisões, e outros favores cujas manobras políticas sejam necessárias. Contudo, isso não é tão forte assim para conquistar os votos dos fieis, do povão (até porque essas coisas são sempre feitas às escuras).
É aí que sobram alguns temas “relevantes” para que os políticos crentes se manifestem: homossexualismo, aborto e pedofilia. Ora, são temas relevantes que precisam ser analisados por toda a sociedade. No entanto, estando diante de um assunto que mexe com o imaginário e as emoções dos religiosos, eles se valem do sensacionalismo para chamar a atenção de seus eleitores. Não discutem o tema, apenas e tão se posicionam radicalmente contra. Especialmente quando a questão é aborto e homossexualidade.
No caso do PL122, por exemplo, certamente que há alguns exageros na redação desse Projeto. Não obstante, por trás das reivindicações dos homossexuais há o apelo sincero e justo de pessoas que sofrem uma série de agressões devido sua identidade ou opção sexual. A favor ou contra a prática homossexual, cristãos deveriam ser a favor da luta em prol do respeito e dignidade de quem quer que seja.
Enquanto escrevo esse texto, nas igrejas Brasil afora, politiqueiros sedentos pelo poder propagam alguma teoria da conspiração, segundo a qual os homossexuais vão lançar no xilindró pastores e padres que se recusarem a realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Ora, não é exatamente isso que eles têm pleiteado na legislação, além de que a própria Constituição garante liberdade de crença e expressão, o que significa que o Estado não deverá intervir nas particularidades das crenças religiosas dos cidadãos.
Assim como alguns ministros se negam a casar mulheres grávidas, e não lhes é imputada qualquer pena, enquanto a Constituição de 1988 vigir não poderá haver qualquer imposição a que líderes religiosos devam se submeter nesse sentido.
Repito, há muitos pontos questionáveis no PL122. De fato esse texto é polêmico e requer a atenção tanto dos religiosos quanto dos próprios homossexuais, que também precisam tomar cuidado para que, em suas militâncias, não atraiam para si mesmos o repúdio da sociedade.
Quanto aos cristãos evangélicos e sua Bancada de prática nada evangélica, os “currais” eleitorais das igrejas precisam se emancipar, tornar-se apenas igreja, e o povo crente precisa ser mais politizado. No entanto, são raros os pastores que têm algum interesse em, como líderes sociais, capacitar seus membros a fim de que estes possam analisar os políticos e suas maracutaias com a autonomia intelectual que todo cidadão deveria ter. É uma lastima, mas infelizmente é assim...
E é claro que a Bancada Evangélica se apresenta como defensora das bandeiras hasteadas pelos evangélicos. No entanto, na prática a coisa não reflete bem aquilo que na teoria é visto como a maneira ideal cristã de fazer política. Os políticos da dita bancada não se mostraram relevantes em casos como o “dos Sanguessugas”, nem denunciaram a existência do “Mensalão”, não protestam contra o funcionários fantasmas dos gabinetes dos assessores dos políticos, não se posicionam radicalmente contra a impunidade e falta de ética que permeiam a vida cotidiana da política nacional.
O que sobrou? Quase nada. Por isso esses caras precisam justificar sua existência. Eles precisam legitimar diante da grande massa evangélica a necessidade de se eleger um político que a represente. Caso contrário, tendo em vista que eles se assemelham em quase tudo aos políticos não envolvidos abertamente com a religião, não haveria razão por que elegê-los.
Obviamente, os figurões das grandes denominações sabem muito bem qual a utilidade desses indivíduos. Dentre as várias atividades na função de “despachantes” de igreja, eles servem para facilitar os processos de concessão de rádios, televisões, e outros favores cujas manobras políticas sejam necessárias. Contudo, isso não é tão forte assim para conquistar os votos dos fieis, do povão (até porque essas coisas são sempre feitas às escuras).
É aí que sobram alguns temas “relevantes” para que os políticos crentes se manifestem: homossexualismo, aborto e pedofilia. Ora, são temas relevantes que precisam ser analisados por toda a sociedade. No entanto, estando diante de um assunto que mexe com o imaginário e as emoções dos religiosos, eles se valem do sensacionalismo para chamar a atenção de seus eleitores. Não discutem o tema, apenas e tão se posicionam radicalmente contra. Especialmente quando a questão é aborto e homossexualidade.
No caso do PL122, por exemplo, certamente que há alguns exageros na redação desse Projeto. Não obstante, por trás das reivindicações dos homossexuais há o apelo sincero e justo de pessoas que sofrem uma série de agressões devido sua identidade ou opção sexual. A favor ou contra a prática homossexual, cristãos deveriam ser a favor da luta em prol do respeito e dignidade de quem quer que seja.
Enquanto escrevo esse texto, nas igrejas Brasil afora, politiqueiros sedentos pelo poder propagam alguma teoria da conspiração, segundo a qual os homossexuais vão lançar no xilindró pastores e padres que se recusarem a realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Ora, não é exatamente isso que eles têm pleiteado na legislação, além de que a própria Constituição garante liberdade de crença e expressão, o que significa que o Estado não deverá intervir nas particularidades das crenças religiosas dos cidadãos.
Assim como alguns ministros se negam a casar mulheres grávidas, e não lhes é imputada qualquer pena, enquanto a Constituição de 1988 vigir não poderá haver qualquer imposição a que líderes religiosos devam se submeter nesse sentido.
Repito, há muitos pontos questionáveis no PL122. De fato esse texto é polêmico e requer a atenção tanto dos religiosos quanto dos próprios homossexuais, que também precisam tomar cuidado para que, em suas militâncias, não atraiam para si mesmos o repúdio da sociedade.
Quanto aos cristãos evangélicos e sua Bancada de prática nada evangélica, os “currais” eleitorais das igrejas precisam se emancipar, tornar-se apenas igreja, e o povo crente precisa ser mais politizado. No entanto, são raros os pastores que têm algum interesse em, como líderes sociais, capacitar seus membros a fim de que estes possam analisar os políticos e suas maracutaias com a autonomia intelectual que todo cidadão deveria ter. É uma lastima, mas infelizmente é assim...
Um comentário:
por isto afirmamos: Politica na igreja.. NÃO.....
abraços e parabéns pela matéria
Marcelo
Postar um comentário