domingo, 20 de novembro de 2011

A distância entre caridade e justiça

Fonte: A Bacia das Almas - Paulo Brabo

Nos textos que seguem procuro empregar o Novo Testamento e alguns elementos das tradições cristãs a fim de complicar a correspondência que costumamos crer existir entre caridade e justiça social. Embora um bom número dos cristãos que trabalham em organizações de caridade tenha sido atraído para esse trabalho inspirado por um compromisso com a visão bíblica de justiça, acontece que com frequência essas organizações de caridade – quer sejam ou não cristãs – estão na verdade envolvidas na perpetuação e na consolidação da injustiça, da exploração e da opressão. Consequentemente, aqueles que estão pessoalmente comprometidos com a justiça acabam tornando-se inadvertidamente instrumentos de injustiça; ou, para usar uma linguagem um pouco diversa: os que desejam conceder vida acabam se tornando traficantes de morte.

Dizendo de modo mais sucinto, pretendo levar aqueles que trabalham numa organização de caridade a ponderar qual é a relação dessa sua obra com [a] conferir vida aos outros e [b] seguir Jesus. Com esse fim, procurarei contrastar algumas características da caridade, como praticada hoje, com algumas características do ministério de Jesus.

Antes de fazer isso, no entanto, quero fazer uma única observação sobre a linguagem que estou empregando. Prefiro em geral evitar o termo “justiça” em conversações como esta. Estou incluindo o termo aqui logo de início porque creio que seja um tema importante neste curso de discussão. Porém prefiro não usar essa terminologia, porque a considero popular entre gente que gosta de falar muito e acaba confundido falação com atitude concreta. Muita gente parece achar que se torna mais “justa” A caridade é hierárquica; Jesus operava numa comunidade não hierárquica de gente pobre que buscava a mudança de baixo para cima.porque fala ou pensa a respeito de “
justiça”, por isso é às vezes necessário mudar os termos da discussão.

Semelhantemente, muita gente tem ideias estranhas sobre o que constitui “justiça”. Alguns cristãos conservadores, por exemplo, acham que o trabalho das sweat shops do terceiro mundo – fábricas com péssimas condições de trabalho e baixo salário, onde são manufaturados grande parte dos bens consumidos no ocidente – é um modo “justo” de se desenvolver outras economias e uma alternativa “justa” para quem poderia estar se prostituindo ou algo semelhante. Outros acham ainda que estamos lutando uma guerra “justa” contra o terror no Afeganistão ou, aliás, contra o povo do Haiti, da Palestina e da Líbia.

Por essa razão, em vez de usar esses termos, prefiro falar em termos de vida e morte. Na qualidade de seguidores de Jesus e de adoradores do Deus que chamava Jesus de seu Amado, creio que somos chamados a dar testemunho e participar da (nova) criação de um mundo em que uma vida abundante esteja ao alcance de todos, e não seja simplesmente apoderada por uns poucos às custas de muitos. Esse chamado requer duas posturas correlatas: devemos produzir e participar daquilo que confere vida e devemos resistir, subverter e destruir aquilo que propicia a morte. É isso o que requer não apenas a visão bíblica de “justiça”, mas a mais fundamental visão bíblica do que significa ser filho Deus e, num nível ainda mais básico, do que significa ser humano.

Isso, creio, é especialmente verdadeiro no que se refere às maneiras como entendemos “caridade” hoje em dia, por isso quero destacar alguns dos modos em que a caridade resvala no terreno daquilo que propicia a morte, em contraste com as posturas doadoras de vida da comunidade reunida ao redor de Jesus. Isso se faz através da análise de sete contrastes.


Primeiro contraste:


A caridade é hierárquica, fluindo de cima para baixo, e essa estrutura e disposição asseguram a sua impotência.

Jesus operava numa comunidade não-hierárquica de gente pobre que buscava a mudança de baixo para cima, e essa estrutura e disposição asseguravam a possibilidade a criação de mudança que confere vida.

À primeira vista esse contraste pode não parecer tão importante quanto é, em termos de participar daquilo que confere vida ou contribuir para aquilo que propicia a morte. Diversos contrastes importantes, no entanto, são desdobramento deste. É necessário observar e questionar, portanto, a diferença entre as posições sócio-econômicas e suas correspondentes trajetórias de mudança – de baixo para cima e de cima para baixo.

Começando com a caridade – e uso o termo para referir-me àquele tipo de coisa que fazem agências como The Gateway e a Yonge Street Mission, – há uma hierarquia muito clara em vigor, uma hierarquia que ao mesmo tempo imita e sobrepõe-se à hierarquia estrutural da sociedade.

O modo mais evidente de se observar isso é levantando-se perguntas relacionadas a dinheiro, acesso a informação e o poder de efetuar mudanças dentro da organização. Quem ganha quanto? Quem sabe o quê? Quem pode fazer o quê? As respostas a essas perguntas revelam de que modo o poder está distribuído e onde está concentrado, a despeito da retórica que os serviços sociais amam empregar, de que todos os envolvidos são estimados igualmente. Se fosse verdade, todos receberiam o mesmo, teriam igual acesso à informação e teriam a mesma autoridade pare efetuar mudança dentro da organização. O mesmo, naturalmente, é válido para qualquer cristão que fala sobre “liderança de serviço”, “valores do reino” ou o quer que seja. Qual foi a última vez que você viu um “líder servo” recebendo salário menor do que os membros da sua equipe? Qual foi a última vez em que você conheceu um “líder servo” que limpava os banheiros do dormitório ou do escritório?

Portanto, quando analisamos a questão do dinheiro, do acesso à informação e do poder de efetuar mudanças, encontramos na caridade o mesmo tipo de hierarquia que prevalece em empresas, governos e outras instituições. Com respeito a isso, é sempre instrutivo comparar-se, por exemplo, os quatro níveis de pessoas dentro de uma organização dessa natureza. Quanto ganham os assistidos? Quando ganham os zeladores? Quanto ganham os envolvidos na linha de frente? Quanto ganha o diretor executivo?

Você provavelmente não sabe a resposta a essas perguntas, porque não se espera que as pessoas na base da pirâmide saibam o quanto ganham os demais – o que demonstra o meu segundo ponto. Quanta informação a respeito do funcionamento interno da instituição de caridade podem acessar os assistidos, os zeladores, os funcionários da equipe de atendimento e o diretor executivo?

Em terceiro lugar, quanto poder têm os assistidos, os zeladores, a equipe de atendimento e o diretor executivo para mudar as coisas dentro da instituição?

Essas três áreas demonstram uma hierarquia muito claramente demarcada operando dentro de instituições de caridade cristãs, replicando os modelos hierárquicos estabelecidos da sociedade.

Outro exemplo dessa imitação está em que aqueles que ocupam as posições mais altas tendem a ter de um perfil socioeconômico mais elevado do que aqueles que ocupam posições inferiores, e tendem também a ter um nível mais alto de escolaridade. A profissionalização das obras de caridade tem se difundido rapidamente nas últimas décadas. Por um lado, isso praticamente assegura que os funcionários de linha de frente provenham quase todos de uma classe social diferente da dos assistidos que servem – alienando deste modo ainda mais a caridade da efetiva comunidade que alega servir, e garantindo também que a equipe assistencial esteja provavelmente mais entranhada dos valores dominantes da sociedade. Por outro lado, isso assegura que aqueles em cargos de gestão tenham recebido a maior parte da sua instrução na área de administração de negócios – garantindo desse modo que os valores e a cultura de classe dos encarregados da direção sejam ainda mais distantes daqueles dos assistidos do que os da equipe de atendimento.

Essencialmente, a direção de uma instituição de caridade tende a ser composta por gente bem intencionada que vive tão distante das realidades da vida nas ruas e do que poderia de fato representar incremento de vida às pessoas marginalizadas que acabam fazendo mais mal do que bem (para mais sobre esse assunto recomendo enfaticamente a coletânea The Revolution Will Not Be Funded: Beyond the Non-Profit Industrial Complex).

É interessante observar que essa estrutura hierárquica esteja tão fortemente entranhada nas caridades cristãs. Mover-se dentro desse tipo de ambiente é ser simplesmente ensinado a partir do pressuposto de que o funcionamento natural das coisas requer que algumas pessoas tenham um salário bem maior que as demais, que algumas pessoas saibam bem mais do que as demais e que algumas pessoas tenham mais poder para efetuar mudança do que as outras.

Embora um grande número de instituições da caridade cristãs alegue ter como propósito assistir os necessitados e eliminar certas linhas divisórias, elas ainda assim reproduzem e aceitam como coisa natural muitas das linhas demarcatórias mais centrais da nossa sociedade – como, por exemplo, aquela entre uns poucos ricos e poderosos e uma maioria pobre e sem voz ativa.

Que isso é um fato consumado fica bem ilustrado no livro de Greg Paul, The Twenty Piece Shuffle: Why the Poor and Rich Need Each Other. Greg, como se sabe, escreveu esse livro na qualidade de diretor da Sanctuary, e creio que a obra funciona um pouco como uma apologética da classe média; parece ter sido o modo pelo qual Greg procurou conciliar o seu modo de vida confortável com o fato de viver cercado de gente pobre. Assim, Greg explica que somos todos gente falha, e fala do modo como os pobres são capazes de impactar positivamente as falhas dos ricos e vice-versa. Desse modo, escreve ele, os pobres e os ricos precisam uns dos outros. O pressuposto não-declarado é que é na verdade necessário que exista gente rica e gente pobre. Faria mais sentido se Greg tivesse escrito um livro que se perguntasse por que existe gente pobre e gente rica em primeiro lugar, e por que não podemos fazer alguma coisa para criar um espaço neste mundo em que não haja nem pobreza nem riqueza, mas o suficiente para todos. Isso, na minha opinião, estaria mais alinhado com a visão bíblica de como devemos estruturar nossa vida comunitária.

Dito isso, apesar da profissionalização da obra social, apesar das boas intenções de todos os envolvidos, apesar do estabelecimento de hierarquias projetadas para dar autonomia aos indivíduos certos e apesar da abundância de instituições de caridade existentes hoje em dia, aparentemente não estamos fazendo muita diferença. A elite dos poucos continua a se tornar cada vez mais rica. A maioria pobre continua a crescer e a ficar mais pobre. A cada ano o número de sem-teto é maior. Cava vez mais gente recorre à cesta básica. Cada vez mais gente vive à distância de um cheque de perder sua casa.

A caridade tem se mostrado positivamente incapaz de realizar algo de significativo – além de, naturalmente, dar a gente como eu e você um crescente mercado de trabalho e um pouco mais de segurança financeira. Alguns diriam que a resposta ao problema da impotência da caridade está em articular mais conexões com a elite, em angariar mais dinheiro e trabalhar por um maior nível de profissionalização. Porém eu gostaria de sugerir que a impotência das iniciativas de caridade é, em parte, gerada pelas conexões com a elite, pelo dinheiro angariado e pelos profissionais envolvidos.

Com isso em mente, devemos examinar a posição e a estrutura do movimento que aglutinou-se ao redor de Jesus.

Para começar, pode ser necessário mencionar que no tempo de Jesus havia estruturas de caridade hierárquicas similares às que temos hoje. Os sistema de clientelismo e de beneficência – pelos quais os abastados ajudavam a cuidar dos menos afortunados ou faziam doações públicas a cidades inteiras – estavam bem estabelecidas ao longo de todo o mundo mediterrâneo. Em retribuição, os ricos e poderosos podiam esperar lealdade e serviço de seus vassalos, bem como reverência e honra em questões tanto públicas quanto privadas. Desse modo, aqueles que com frequência saqueavam cidades inteiras eram publicamente honrados como moralmente superiores aos outros. Os ricos e poderosos apropriavam-se não apenas de bens, mas ainda do próprio bem. Deve ser também dito que, à parte as obras públicas como aquedutos e fontes, essa forma de caridade era exercida quase exclusivamente em favor dos pobres “que mereciam”, sendo negada aos que eram considerados “não merecedores”.

É interessante notar como o movimento de Jesus recusa-se por completo a participar desse sistema de patronagem, a fim de criar um modo alternativo de estruturar a vida comunitária. Assim, por exemplo, Jesus encoraja as pessoas a dar sem esperar retribuição (Lucas 6:34-36) – uma forma de partilha que contradiz por completo a lógica da patronagem, passada ou presente. Jesus, além disso, apela para uma ética e uma economia fundamentada na noção de jubileu; em especial o perdão de débitos monetários (Lucas 4:18-19; 11-14) vai de encontro a qualquer forma de caridade praticada naquela época. Isso não é caridade, é redistribuição econômica em favor dos necessitados (ver o comentário de Joel Green sobre o evangelho de Lucas; também o livro de Bruce W. Longenecker, Remember the Poor: Paul, Poverty and the Greco-Roman World).

Ou seja, ao contrário de participar das consagradas práticas hierárquicas de assistência que existiam em sua sociedade, Jesus escolheu participar da criação de uma comunidade igualitária que compartilhava uma solidariedade vivida com os pobres.

A fim de focalizar essa solidariedade vivida devemos, em primeiro lugar, observar que Jesus não interagia com os pobres e marginalizados à distância. Assim, em Lucas 9:58 ele declara: “As raposas tem suas tocas e as aves do céu tem seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. Jesus não trabalhava com os outros; ele era, ele mesmo, o outro com o qual trabalhamos. O mesmo é válido para a comunidade ao redor dele. Em sua companhia vemos prostitutas lavando seus pés com lágrimas e enxugando com o cabelo. Vemos terroristas como Simão, o zelote, lado a lado com pelegos e reacionários como Mateus, lado a lado com gente proletária como Pedro e João. Vemos os intocáveis e os enfermos sendo acolhidos como tocáveis e saudáveis. Vemos os pecadores e os malditos acolhidos como perdoados e salvos. Tudo considerado, um observador de fora provavelmente descreveria essa como uma comunidade de fodidos, desajustados, criminosos e idiotas – não exatamente o tipo de companhia que encontramos no quadro de funcionários de uma instituição de caridade. Ainda assim esses eram os amigos, a família, os companheiros e os amantes de Jesus. Não eram seus assistidos.

Em segundo lugar, essa era uma comunidade não-hierárquica. Embora alguns deles competissem constantemente para serem vistos como mais prestigiosos do que os outros – como quando Tiago e João pediram para sentar-se à sua direita e à sua esquerda (Mateus 20:20-28) – Jesus era inflexível em sua postura de que todos os membros da comunidade deveriam esforçar-se para ser escravos dos outros, honrando os outros mais do que a si mesmos, mesmo que isso significasse tarefas humilhantes e vergonhosas como lavar os pés de outra pessoa (conforme João 13:1-17).

Com a vida comunitária estruturada dessa forma, os que haviam sido marginalizados na sociedade recebiam posições de proeminência ao lado de todos os demais. Por exemplo, vemos que as mulheres desempenhavam um papel de destaque no movimento de Jesus. Não apenas exerciam liderança, mas eram tidas como dignas de maior honra do que homens. Na cruz apenas as mulheres ficaram perto de Jesus. Não é de se surpreender, portanto, que quando Jesus ressurge dos mortos são as mulheres a ter o privilégio de receber a mensagem da notícia. São elas as primeiras a agirem na qualidade de apóstolos, pregando as boas novas aos onze e ao restante dos integrantes do movimento. É por isso que Jesus disse que é necessário que sejamos eunucos pelo reino de Deus (Mateus 19:12): ele não quis dizer que os homens devem abrir mão de suas bolas; ele quis dizer que os homens precisavam abrir mão da autoridade que sua cultura lhes concedia, e passar a relacionar-se com as mulheres como iguais.

É claro que falar de líderes – sejam mulheres ou não – parece contradizer a ideia de uma comunidade não hierárquica, então é importante enfatizar que a modalidade de liderança praticada nos primórdios do movimento de Jesus não era institucionalizada e não era restrita a determinadas pessoas e determinadas classes de pessoas. Emprestando o termo de Max Weber, tratava-se do que os sociólogos chamam de “liderança carismática”. Essas são pessoas que operam em papéis de liderança porque algo nelas diz algo ou ressoa de modo poderoso diante do restante da comunidade. Desse modo, sua liderança depende estritamente da aprovação comunal de suas palavras e suas ações. É por isso que Paulo, em suas cartas e apesar de todas as alegações que faz sobre ele mesmo e seu papel, está constantemente pedindo para ser ouvido. Ele só tem autoridade porque a comunidade escolhe dar a ele autoridade, e essas autoridade pode ser revogada a qualquer momento.

Se os líderes representavam a comunidade, eram aceitos; se deixavam de representar a comunidade, perdiam toda a autoridade. Não é de se admirar, portanto, que os que tendiam a ser aprovados como líderes nas assembleias locais dos seguidores de Jesus eram aqueles que mais e melhor serviam essas assembleias. Se fossemos compor uma lista contemporânea de “líderes” como os mencionados nas cartas de Paulo, faria mais sentido se elencássemos nossos zeladores, não nossos diretores ou membros do conselho.

Além disso, os ricos e poderosos, os compassos morais da sociedade, os que receberam uma boa instrução e aqueles que orquestravam as formas mais institucionais de caridade – os profissionais – estão notavelmente ausentes dos primórdios do movimento de Jesus. Isso não quer dizer que Jesus não recebia assistência ocasional de doadores ricos, como as mulheres mencionadas em Lucas 8:2-3, e outras casas que o hospedavam. O que quer dizer é que os que apoiavam o movimento desse modo não deviam esperar receber coisa alguma em troca (conforme Marcos 3:32; Lucas 9:4; 10:38). Sendo assim, dado que nenhum patrono da antiguidade prestava assistência aos verdadeiramente miseráveis, mas fazia o que eram meramente “investimentos racionais”, prover o movimento de Jesus com riqueza e bens traria na verdade vergonha e desonra sobre qualquer doador, além de causar a perda de uma parte da sua riqueza. Essa atitude seria vista como uma tentativa de envergonhar aqueles em posição mais elevada na hierarquia do poder, que esperavam que a riqueza e os bens se fluíssem sempre na sua direção.

Essencialmente, fazer doações a Jesus e a seu grupo seria visto como dar uma banana aos poderosos, e isso invariavelmente traria repercussões negativas para qualquer um que desse apoio a Jesus. Essa postura os arrastaria para um processo de declínio sócio-econômico.

Desse modo, qualquer doação externa era realizada a fundo perdido – um investimento desperdiçado que envergonhava os doadores, levava-os a perder tanto dinheiro quanto status e prejudicava as suas próprias relações com outros ricos e poderosos. Perceba quão radicalmente diferente é isso do que acontece com os que apoiam hoje em dia as nossas instituições de caridade. Veremos num momento qual é a causa disso.

Por enquanto, o que vemos em Jesus é um movimento não hierárquico que existe em solidariedade vivida com gente pobre e sem instrução. Marcadamente ausentes estão aqueles que prestam assistência profissionalmente – e os que apoiam o movimento financeiramente sofrem um bocado por fazê-lo. No entanto, talvez seja em parte essa a razão pela qual o movimento de Jesus foi bem sucedido de tantas maneiras em que os nossos próprios esforços têm falhado. Isso veremos.



Daniel Oudshoorn, numa palestra apresentada
a assistentes sociais que trabalham na Yonge Street Mission em Toronto,
uma das mais respeitadas e antigas instituições de caridade
engajadas na assistência a moradores de rua daquela cidade.
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