sábado, 29 de agosto de 2009

570 famílias despejadas

Bem próximo dali, o mundo evangélico mostra sua contribuição como futuro 50% da população brasileira:

Congresso Consumidor Cristão / ANLE. São mais de 40 milhões de consumidores cristãos com perspectiva de outros 10 milhões nos próximos anos. Está na hora de rever seus conceitos e projetar o crescimento de sua empresa e produto. Os maiores especialistas do mercado em um treinamento único para livreiros e lojistas. Até 2020 os evangélicos representarão 50% da população brasileira. Este público consome livros, revistas, CDs, DVDs, bíblias e outros acessórios. O canal de distribuição deve estar em sintonia para atrair este potencial cliente para sua loja. É hora de Pensar Grande e entender como conquistar novos clientes no meio que mais cresce no Brasil.

distante disto, pessoas não pensam grande, só querem um pequeno berço e um teto pra deitar seus filhos:

Cerca de 570 famílias despejadas continuam acampadas em frente ao terreno onde era organizado o acampamento Olga Benário, destruído pela Polícia Militar (PM) nesta segunda-feira (24), no Parque do Engenho, zona sul da cidade de São Paulo. Ao invés de moradia digna e definitiva, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ofereceu albergues para os moradores. O albergue é a principal política do Estado para moradores em situação de rua.

A alternativa habitacional foi anunciada pelo o assessor da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Antonio Lajarin. O representante do governo também ofereceu cestas básicas e colchonetes - doados pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. O coordenador da Frente de Luta por Moradia, Osmar Borges, criticou a ação.

“Não dá para o Estado tratar essa situação como se fosse população em situação de rua. Albergue não dá para ser tratado como política habitacional. Nós não aceitamos porque já havia, inclusive, um acordo com a CDHU e a prefeitura de tentar uma verba de emergência para atender as famílias até que tivesse uma saída.”

Em solidariedade, a Organização Não-Governamental, Anistia Internacional, pediu em comunicado, nesta quinta-feira (27/08), para que a população proteste em favor das famílias. A ONG chamou atenção para a violência utilizada pela PM no despejo. Durante a reintegração, todas as casas e barracos foram destruídos e a maioria dos pertences das famílias foram perdidos.

Fonte: Radioagência NP

Fora da Zona de Conforto! [29/08/09]


Iraque / Irã / Kuwait: eterna incerteza dos que buscam parentes desaparecidos
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse hoje que as famílias de centenas de milhares de pessoas desaparecidas nas últimas guerras na região do Golfo Pérsico precisam de apoio contínuo para saber o que aconteceu com seus entes queridos. O CICV tem apoiado as autoridades e especialistas forenses, sobretudo no Iraque e no Irã, em seus esforços de encontrar respostas.

Iêmen: necessidades humanitárias aumentam em meio aos combates
“Mi
lhares de pessoas deixaram as zonas de combate para buscar abrigo na cidade de Sa’ada e em regiões vizinhas. Provavelmente não puderam levar muitos objetos consigo, e muitas delas agora estão abandonadas sem nem ao menos um teto para se proteger da chuva”, disse o chefe da delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) no Iêmen, Jean-Nicolas Marti. “Suas necessidades mais urgentes são abrigo, água, alimentos e assistência médica.”

Paquistão: MSF reforça presença em Mardan e Lower Dir

Mais de um milhão de pessoas fugiram dos recentes conflitos entre as forças militares paquistanesas e os oponentes armados do Vale do Swat. A superlotação aumenta o risco de uma epidemia e faz piorar as condições sanitárias. Para piorar, as chuvas torrenciais do início de agosto provocaram enchentes, o deslocamento de dezenas de milhares de pessoas nos distritos de Mardan e Swabi. As equipes de MSF responderam rapidamente para ajudar 150 famílias nas áreas mais isoladas que haviam sido privadas de assistência.

Trabalho escravo no corte de pinus: mais 14 libertações

Flagrantes de trabalhadores submetidos a condições análogas à escravidão no corte de pinus têm sido frequentes na Região Sul. Denúncias levaram membro da Procuradoria Regional do Trabalho na 4ª Região (PRT-4) a organizar operação fiscal em São José do Norte (RS), município que fica no litoral sul do Estado do Rio Grande do Sul, no extremo Sul do país.

Conflito em Mianmar leva até 30 mil civis a fugirem para a China

Um confronto entre as forças de Mianmar e um grupo étnico armado no nordeste do país forçou dezenas de milhares de pessoas a atravessar a fronteira para a China, afirmaram ativistas e a mídia na sexta-feira.

Manual contra tráfico humano da ONU ajudará promotores

Guia visa reduzir brechas nos sistemas legais dos países e ajudar autoridades judiciais na condenação dessa prática criminosa; Unodc diz que uso efetivo de uma legislação anti-tráfico humano em todo o mundo é fundamental para acabar com a prática da escravidão.

ONU terá projeto de combate ao desemprego em Cabo Verde

De acordo com os últimos dados apurados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), até dezembro de 2007 a taxa de desemprego em Cabo Verde era de 21,7%.

Gripe suína atinge mais de 209 mil pessoas; metade está nas Américas

Em relação às mortes, houve ao menos 2.185, o que representa 1% do total de contágios. Nas Américas, presumivelmente, estão a maioria das mortes, 85% do total.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Ainda falta muito para dignidade prevalecer

No mundo encantado dos evangélicos:
Nesses últimos dias, o Espírito Santo está levantando o Seu exército sobre a face da terra, equipando-os com revelações apostólicas e proféticas de batalha espiritual, a fim de que seja um exército eficaz no combate contra as fortalezas espirituais que oprimem as nações da terra.

Este treinamento é para todos aqueles que estão dispostos a ser parte da linha de frente das forças elites de Deus.
Venha ser treinado, ativado e receba as armas poderosas em Deus para a destruição de fortalezas!


Onde a realidade doi e mata:

Guerra em Darfur terminou, diz chefe militar da ONU no Sudão

da BBC Brasil

O chefe das forças militares da ONU (Organização das Nações Unidas) no Sudão afirmou que "terminou" a guerra de seis anos entre tropas leais ao governo sudanês e rebeldes na região de Darfur, no oeste do país.

Segundo o general nigeriano Martin Luther Agwai, que está deixando seu posto na missão conjunta da ONU e da União Africana (Unamid, na sigla em inglês) na semana que vem, os conflitos dos primeiros anos da guerra se acalmaram à medida que os diversos grupos rebeldes se dividiram em facções.

Agwai afirma que a região sofre agora com conflitos menores e criminalidade.

"Honestamente, hoje eu não diria que existe uma guerra acontecendo em Darfur, e penso que o que temos que fazer agora é acelerar o processo político na região", disse Agwai, que assumiu o posto na Unamid em 2007.

"Militarmente não há muito [o que fazer], o que temos agora são questões de segurança, criminalidade, pessoas tentando resolver problemas de acesso a água e territórios em nível local. Mas, a verdadeira guerra, eu considero que terminou", disse o general.

Controvérsias

Segundo a ONU, 300 mil pessoas morreram nos conflitos em Darfur, mas o governo sudanês estima que esta cifra pode chegar a 10 mil.

Informações também dão conta de que cerca de 3 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas devido à violência na região.

De acordo com o general Agwai, apenas um grupo rebelde, o Movimento por Justiça e Igualdade (Jem), ainda representa uma ameaça.

Segundo ele, o grupo tem ainda a capacidade de lançar ataques esporádicos, mas não poderia mais conquistar territórios.

Para a analista especialista em Sudão Gill Lusk, no entanto, os comentários de Agwai "não ajudam", porque eles poderiam levar à impressão de que os problemas em Darfur estariam resolvidos.

"Houve uma grande diminuição nos conflitos em Darfur, o que é, indubitavelmente, uma boa coisa para as pessoas. Mas é o governo 'quem liga ou desliga a torneira', ele podem reiniciar a violência quando quiserem", disse Lusk à BBC.

Genocídio

O conflito na árida e empobrecida região de Darfur começou em 2003, quando grupos rebeldes, incluindo o Jem, atacaram alvos do governo, acusando Cartum de oprimir a população nega do país e favorecer a população árabe.

Milícias pró-governo contra-atacaram com força, em atos que foram classificados pelo governo dos Estados Unidos e grupos de defesa dos direitos humanos como genocídio.

O governo de Cartum nega ter dado apoio às milícias, mas a Corte Internacional de Haia emitiu uma ordem de prisão no início do ano contra o presidente sudanês, Omar Al Bashir, acusando-o de crimes de guerra.

Embora a intensidade dos conflitos tenha se reduzido, há ainda poucas chances de se chegar a um acordo de paz.

Na semana passada, o enviado especial do governo dos EUA para o Sudão, Scott Gration, afirmou que a existência de 26 facções rebeldes no país é o maior obstáculo para se alcançar um acordo de paz.

Deus estava onde sempre esteve, esperando que os homens assumissem o seu dever.


O papa em Auschwitz - texto de Henry I. Sobel
Henry I. Sobel

Domingo, encerrando sua viagem de quatro dias à Polônia, o papa Bento XVI fez uma visita carregada de emoção ao antigo campo de concentração nazista de Auschwitz. O próprio papa disse que fazer tal visita era "estarrecedor" para ele, como cristão e alemão, mas não podia deixar de fazê-la. Num gesto de grande sensibilidade, o papa optou por falar em italiano, e não em sua língua materna, o alemão, a fim de não ferir os sentimentos dos judeus, para quem a língua alemã está inextricavelmente associada aos horrores da era nazista.

Ao rezar durante uma cerimônia religiosa em memória das vítimas do Holocausto, o papa perguntou, com a voz embargada: "Por que, Deus, o Senhor se calou? Como pôde tolerar tudo isso? Onde estava o Senhor naqueles dias?"

Quando nos deparamos com o mal e a tragédia no mundo, é natural perguntarmos: onde está Deus? Como Ele pode deixar que tal coisa aconteça? A meu ver, porém, não são estas as perguntas primordiais. O que nos devemos perguntar não é onde está Deus, mas, sim, onde está o homem. Não como pode Ele, Deus, permitir que tais coisas aconteçam, mas, sim, por que ele, o homem, permite que essas coisas aconteçam. O que é que o ser humano tem feito para impedir as barbaridades?

O biógrafo de Sigmund Freud conta o caso de um importante cirurgião vienense que, ao se encontrar com Freud pela primeira vez, num corredor do hospital onde ambos trabalham, lhe mostrou um osso corroído pelo câncer, testemunho de uma vida que ele tinha sido incapaz de salvar, e lhe disse sentir-se profundamente magoado: "Sabe, doutor Freud, se algum dia eu me encontrar frente a frente com Deus, vou sacudir este osso em Sua face e perguntar-Lhe por que Ele permite uma doença destas." E Freud respondeu-lhe: "Se eu, algum dia, tiver essa oportunidade, vou formular a queixa de um modo diferente. Não vou indagar por que Ele permite o câncer, e sim por que Ele não deu a mim, ou ao senhor, ou a qualquer outra pessoa, a inteligência para descobrir a cura desta doença."

Antes de perguntarmos "onde está Deus", cabe-nos formular a outra pergunta:
"Onde está o homem?" O que está fazendo o homem com o mundo que Deus lhe deu?

A 2ª Guerra Mundial e os campos de concentração constituem o maior desafio à teologia em nossa época. Creio que todas as religiões deveriam rever seus conceitos, tendo em vista o que Auschwitz e Treblinka nos ensinaram sobre Deus e o homem. Quando Hitler proclamava publicamente sua perversa política racial, por que as pessoas concordaramem aceitá-lo como líder? Onde estava o homem quando os eleitores da Alemanha disseram: "Antes Hitler, com suas idéias esquisitas sobre os judeus, do que a inflação ou o socialismo"? Onde estava o homem quando Hitler subiu ao poder e começou a concretizar suas loucas ameaças? Onde estavam os advogados, os juízes, os médicos e tantos outros que seguiram e apoiaram passivamente os decretos de Hitler?
Se os advogados tivessem lutado pela dignidade de sua profissão, se os juízes tivessem defendido a justiça, se os médicos se tivessem importado com a vida humana, não haveria necessidade de perguntar mais tarde: "O que houve com Deus?" Onde estava a Igreja? Onde estavam as autoridadeseclesiásticas, tão prontas para exaltar a santidade da vida humana, enquanto milhões e milhões de vidas inocentes estavam
sendo aniquiladas? Onde estavam os líderes dos governos aliados que deram um jeito de olhar para o outro lado e não conseguiram encontrar um canto em seus países para os judeus refugiados? Temos, certamente, o direito de perguntar onde estava Deus em 1940, mas temos o dever de perguntar, antes, onde estava o homem em 1940. O que poderia ele, homem, ter feito para impedir o inferno do Holocausto... e não fez?
Existe uma lenda sobre um rabino que se preparava para viajar de Israel para Roma. Na noite anterior à sua partida, ele teve um sonho no qual viu um mendigo esfarrapado sentado às portas de Roma. No sonho, ele ouviu uma voz que lhe dizia: "Vê este homem? Este é o Messias vestido de mendigo." O rabino acordou e não conseguiu mais esquecer o sonho. Continuou a pensar nele durante toda a viagem. Finalmente, ao aproximar-se de Roma, avistou um homem maltrapilho, sentado exatamente no local que havia visto no sonho. O rabino chegou-se a ele e questionou: "É verdade que você é o Messias?" E o homem respondeu: "Sim." O rabino, então, perguntou: "O que é que você está fazendo às portas de Roma?" E o homem replicou: "Estou esperando." Ao que o rabino retrucou: "Esperando?! Num mundo tão cheio de miséria, ódio e guerra, num mundo onde o povo de Israel está disperso e oprimido, num mundo onde existem crianças famintas, você está aqui, sentado, esperando?! Messias, pelo amor de Deus, o que é que você está esperando?" E o Messias respondeu: "Tenho esperado por você, para poder lhe perguntar, em nome de Deus, o que é que você está esperando."

A visita do papa Bento XVI a Auschwitz, no domingo, o fez reviver um capítulo muito doloroso da História humana. Diante das lápides simbólicas naquele local em que ocorreu o maior massacre de todos os tempos, o papa sentiu a necessidade de perguntar onde estava Deus enquanto a bestialidade nazista agia impune.
Com todo o respeito, permito-me responder ao Sumo Pontífice: Deus estava onde sempre esteve, esperando que os homens assumissem o seu dever.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

300.000 mortos. Mas que lindos meninos.

Post escrito por Maria Henrique no blog A Pomba Livre


Parece que finalmente parte do pesadelo terminou. Parece que finalmente a guerra terminou em darfur.

Não me sinto particularmente alegre.300.00 mortes não pode dar alegria a ninguém , nem mesmo sabendo que ao que dizem , a guerra terminou por ali.
Quase três milhões de cidadãos foram deslocados das suas habitações devido ao conflito e a verdade que não se pode ocultar é que o banditismo não parou de assassinar mulheres , crianças desprotegidas, homens e velhos incapazes de lutar para defender as suas vidas, sem armas , sem comida , sem ninguém que verdadeiramente queira defende-los.

Voltamos mais uma vez ás vidas sem valor dos que são mais pobres. Voltamos mais uma vez á hipocrisia.
Sim pois .Parece que a guerra acabou .Eles dizem que sim. Ficam as fotografias para se ver quais as realidades.




Sudão
Terminou guerra que fez 300 mil mortos no Darfur

Há 46 minutos A guerra de seis anos entre as forças apoiantes do Governo do Sudão e os rebeldes do Darfur chegou efectivamente ao fim, anunciou o comandante das forças das Nações Unidas que estão na região
Darfur destroyed: Sudan's perpetrators break silence

Days ahead of a possible ICC arrest warrant for President Omar al Bashir, Khartoum's men speak out
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Shortly the International Criminal Court will decide whether to issue an arrest warrant for General Omar al-Bashir, President of Sudan, on charges of war crimes, crimes against humanity and genocide in Darfur.



In a 20 minute film released on the brink of that decision, Khartoum's executioners have broken silence to reveal how Darfur's atrocities were planned, financed and carried out - and who was responsible.

To view the film visit www.vimeo.com/3161513

(Footage and audio available for broadcast. Contact David Brown, david.brown@aegistrust.org)

Since 2003, at least 300,000 civilians have died in Darfur and millions have been displaced from their homes, many of them at the hands of militia nicknamed the 'Janjaweed' ('devils on horseback'). Time after time, survivors stated - and international observers confirmed - that as they murdered, raped, looted and burned village after village, the Janjaweed was backed by the Sudanese army and air force. Yet the Sudanese Government has consistently denied responsibility for atrocities in Darfur and to this day, says it has nothing to do with the Janjaweed.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Fora da Zona de Conforto! [26/08/09]

Viação Campo Limpo e PMSP despejam Ocupação Olga Benário na zona sul de São Paulo
Nesta segunda-feira, dia 24, mais 570 famílias sem-teto foram despejadas violentamente da ocupação Olga Benário, na zona sul de São Paulo. A ocupação, organizada desde 2007 pelo Fórum de Moradia e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, é localizada na rua Ana Aslan, nº 9999, Parque Do Engenho.


Câmara aprova doação para combate à Aids em Moçambique
O Governo brasileiro salientou que a doação tem caráter humanitário, já que 300 mil moçambicanos precisam de tratamento contra a Aids, doença responsável pela infecção diária de cerca de 500 pessoas, em Moçambique.

Genocídio ruandês: uma testemunha-chave recua
Quem lançou os mísseis que, ao abaterem o avião do presidente ruandês Juvenal Habyarimana em 6 de abril de 1994, desencadearam o genocídio dos tutsis? Quinze anos após a tragédia, esse enigma nunca elucidado continua no centro da pesada disputa político-judicial que opõe a França e Ruanda.

MSF atende em Lampedusa sobreviventes de trágica travessia de barco
“Eles estavam em choque emocional”, contou Licia Pera, enfermeira de MSF que atendeu os imigrantes recém-chegados. “Não conseguiam andar devido à forte dor musculoesquelética. Sua pressão sangüínea estava baixa e seus músculos tão fracos que eles mal conseguiam se mover. Eles também tinham queimaduras em várias partes do corpo e dores agudas de estômago. Eles precisavam desesperadamente de atendimento médico”.

Fiscalização liberta 35 trabalhadores que colhiam erva-mate
Um grupo de 36 pessoas, incluindo três adolescentes com idades entre 16 e 18 anos, foi libertado de trabalho análogo à escravidão na colheita de erva-mate pelo grupo móvel de fiscalização e combate ao trabalho escravo. A operação foi deflagrada no dia 11 de agosto, numa propriedade situada no município de Bituruna (PR) que pertence à Madeireira Miguel Fortes.


Povo Indígena Awá é novamente vítima de massacre
Indígenas colombianos são constantemente alvos de massacres e genocídios. Hoje (26), mais uma vez, o Povo Awá foi vítima de assassinato coletivo. Segundo informações de líderes indígenas da região, "entre oito e dez pessoas foram assassinadas por um grupo armado encapuzado que vestia uniformes militares".

Uganda - Crianças Invisíveis


Na primavera de 2003, três jovens cristãos viajaram para África em busca de uma história. O que começou como uma aventura cinematográfica se transformou em muito mais quando os jovens do Sul da Califórnia descobriram uma tragédia que os enojou e os inspirou, uma tragédia onde crianças são as armas e as vitímas.

Ao voltarem aos Estados Unidos, criaram o documentário “Invisible Children: Rough Cut” [Crianças Invisíveis: Verdade Bruta], um filme que expõe as trágicas realidades dos “viajantes da noite” e das crianças soldados no Norte da Uganda.

O filme foi inicialmente mostrado a familiares e amigos, mas atualmente já foi visto por milhões de pessoas. E a resposta surpreendente da maioria tem sido: “Como posso ajudar?” A resposta foi a criação da ONG Invisible Children, que dá aqueles com compaixão uma forma eficaz de responder à situação.

Assista abaixo um pouco do que eles fizeram nos Estados Unidos e tambem um resumo do documentario em 4 partes e inspire-se.



Município do Tocantins lidera ranking de soja e de pobreza

Aditivado por projeto controverso que enriquece fazendeiros e transnacionais, Campos Lindos (TO) é líder estadual de produção de soja. Localidade tem a maior proporção de pobres de todo o país, segundo pesquisa do IBGE

Por Maurício Hashizume*

Confira o Capítulo 2 do Especial:
Fartura de grãos contrasta com precariedade de políticas sociais

A propaganda do agronegócio associa a expansão acelerada da soja à prosperidade. Os problemas são os fatos, que não escondem os problemas socioambientais vinculados à atividade. Uma dessas chagas atende pelo nome de Projeto Agrícola Campos Lindos, no Nordeste do Tocantins, a 491 km da capital Palmas (TO). O empreendimento, que este ano completou uma década e exporta milhares de toneladas do grão todos os anos, é resultado de dois contestados processos de "titulação" pública, não teve licença ambiental para se instalar, foi palco de trabalho escravo e desalojou famílias tradicionais que hoje padecem com índices vergonhosos de pobreza.

A Repórter Brasil preparou duas reportagens especiais que recuperam o processo de gênese do lucrativo negócio numa das áreas mais privilegiadas do Cerrado e revelam as consequências nada reluzentes para o "povo comum" da região. Este capítulo inicial trata da formação do Projeto Agrícola Campos Lindos - marcado pela aguda intervenção do ex-governador Siqueira Campos (PSDB), pelo beneficiamento privado dos "amigos do rei" e pela postura polêmica de órgãos públicos que deveriam zelar pelo interesse coletivo. O segundo e último capítulo esmiuçará as marcas da indigência no cotidiano e o grau de violação de direitos fundamentais em Campos Lindos (TO).

Capítulo 1) Topo dos rankings
As cifras e os números de Campos Lindos (TO) - na divisa com o Maranhão - impressionam. Desde 2005, o município é o campeão estadual de exportações. Exportações essas que, no caso campolindense, se resumem à soja. Em 2008, as vendas externas da localidade somaram US$ 78,5 milhões, mais de um quarto (26,4%) de tudo o que saiu do estado para fora do país em 2008. Aliás, a prevalência do comércio do grão em âmbito estadual é surpreendente: a cada US$ 10 exportados pelo Tocantins, US$ 8 dizem respeito à soja.

leia +


Lei Maria da Penha foi para a roça em “A Fazenda”

Esmeraldina - camareira de Luana que foi agredida por Dado Dolabella

Acabou o reality show “A Fazenda”. Não acompanhei o programa, portanto não pretendo emitir nenhuma opinião sobre sua qualidade. Contudo, fiquei sabendo que o ator Dado Dolabella, que ficou conhecido por agredir mulher e ser enquadrado na Lei Maria da Penha (que trata da violência doméstica), foi eleito o vencedor. Por voto maciço de internautas e telespectadores.

Pergunta para quem votou: um povo que não só esquece o que fez um agressor de mulheres como o premia com R$ 1 milhão tem moral para exigir a saída de um corrupto da presidência do Senado? Imagina! Zé, fica aí mais um tempo que esse povo vai deixar tudo para lá e, de quebra, você pode ser eleito herói nacional.

Posto abaixo o texto da jornalista Maíra Kubik Mano, do Viva Mulher, recorrente neste blog quando o assunto é questão de gênero:

Maria da Penha foi para a roça na Fazenda

Com o voto popular, Dado Dolabella venceu ontem o reality show “A Fazenda” e embolsou R$ 1 milhão. A final, disputada entre o ator e a cantora Danni Carlos, foi a coroação de um ex-global que não andava com a imagem muito positiva desde um episódio envolvendo violência e Luana Piovani.

Para quem não se lembra, no ano passado Dado foi enquadrado na Lei Maria da Penha por bater em uma funcionária de Luana e acabou preso ao tentar se aproximar da ex-namorada, descumprindo uma ordem judicial.

À época, muitos saíram em defesa do ator, dizendo que ele não deveria mudar seu estilo de vida apenas para evitar cruzar com alguém que havia agredido. “Vamos supor que o Dado esteja mastigando um delicioso atum no Sushi Leblon e, repentinamente, entra a Luana. O que deve ele fazer? Fugir dali, correndo, sem pagar a conta? Ou ainda ir para debaixo da mesa, chamar o garçom, explicar a situação, cobrir o rosto com um guardanapo e sair de fininho?”, disse então o vice-presidente de operações da Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, em seu blog.

Agora, em um período em que a Lei Maria da Penha está sob ataques, seja por interpretações distorcidas de juízes, falta de orçamento ou liminares que tramitam em tribunais superiores para tentar diminuir sua efetividade, a vitória de Dado pode ser uma demonstração de que a população de fato não se importa muito com antecedentes criminais como esse. Eu nem conheço Danni Carlos e muito menos acompanhei o reality show, mas votei nela. Achei que seria pedagógico Dado não ganhar e esperava que as pessoas se lembrassem de suas atitudes. É, não foi o que aconteceu.

Dado saiu vitorioso não apenas porque levou uma bolada em dinheiro. Ele conseguiu o que na comunicação chamam de “lavagem de marca” – um golpe midiático que permite a alguém ou a alguma empresa reconquistar o público após uma má fase ou um escândalo. Seja pelo poder da imprensa, pelo esforço do ator, porque a população se esquece com facilidade ou porque ainda encare com normalidade agressões como a que ele cometeu, a Lei Maria da Penha tomou mais uma rasteira. Ninguém comentou, viu ou se importou. Apenas legitimaram todo o circo armado e, com 83% dos votos, ajudaram a apagar do currículo de Dado o o item “bateu em mulher”.

Leonardo Sakamoto - no seu blog

Apartheid

clique na imagem para ampliar

Vinte mil mulheres Sul-Africanas das diversas etnias marcharam em Pretória para protestar contra a Lei de Área Urbana em 1956. A legislação dizia que "não-brancos" deveriam portar documentos de identificação. Os manifestantes cantaram uma música que inclui a linha "wathint 'abafazi, imbokodo wathint." (Que atingem a mulher, você encontrar uma rocha) e os pacotes de entrega de petições para o ministro.


Em homenagem a esta postura coletiva, 9 de agosto foi declarado feriado nacional na África do Sul em 1994 - Dia Nacional da Mulher

Fonte: Kiss my Black Ads

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Fora da Zona de Conforto! [25/08/09]

Metade da população da Somália precisa de ajuda, diz estudo
O número de pessoas que precisam de ajuda humanitária na Somália aumentou 17,5 por cento em um ano, passando a 3,76 milhões, revelou um estudo divulgado nesta terça-feira.



Sobreviventes de ataque na RDC falam sobre violência
Milhares de pessoas estão vivendo nas florestas com pouca comida e assistência de saúde, sem que, na maioria das vezes, as organizações de saúde tenham como chegar a elas. Mesmo nas áreas mais seguras onde os deslocados internos se congregaram, a resposta humanitária tem sido insuficiente. O sistema de saúde está em colapso e a maioria das atividades médicas teve de ser suspensa devido à falta de segurança.


Morte de refugiados no Mediterrâneo gera acusações mútuas entre Itália e UE
Drama dos 73 africanos mortos de sede e à deriva traz à tona um velho problema da UE e a nova política de imigração linha dura de Berlusconi. ACNUR e Igreja Católica condenam.

Surto de diarreia causa 20 mortes em província angolana
As autoridades sanitárias do Namibe suspeitam tratar-se de cólera, mas as primeiras amostras enviadas para o laboratório de análises clínicas de Luanda descartaram essa possibilidade, admitindo que seja uma infecção causada por salmonela.

Cruz Vermelha ajudará a unir famílias separadas na Guerra da Coreia
A Coreia do Norte aceitou hoje a proposta sul-coreana de realizar ainda esta semana uma reunião da Cruz Vermelha dos dois países para retomar os encontros das famílias separadas pela Guerra da Coreia (1950-1953).

Relatores da ONU propõem criação de Corte para julgar multinacionais
Ao que tudo indica, o tempo da impunidade de multinacionais que violam os direitos humanos e cometem crimes ambientais pode estar bem próximo de acabar. Para isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) pretende criar um tribunal para julgar as empresas multinacionais que não respeitam os direitos humanos e coletivos. Ideia semelhante já foi sugerida na IV Cúpula Continental Indígena e faz parte da Plataforma da Minga Global pela Mãe Terra.


Azerbaijão: famílias de desaparecidos compartilham memórias no Dia Internacional dos Desaparecidos

Famílias de desaparecidos em função do conflito de Nagorno-Karabakh vão se reunir em cinco cidades azerbaidjanas - Shamkir, Ganja, Aghjabadi, Barda e Baku - entre 25 e 30 de agosto, para lembrar o Dia Internacional dos Desaparecidos (30 de agosto).

Se não mudarmos de uma sociedade que venera dinheiro e poder

"(...)No início, fiquei constrangido com o filme[O Amor é Contagioso - com Robin Williams]. Sou ativista político, trabalho pela paz e pela justiça. Considero fascista o meu governo. Se não mudarmos de uma sociedade que venera dinheiro e poder para uma que venere compaixão e generosidade, não haverá esperança para a sobrevivência do ser humano neste século. Precisamos deter um sistema que, pela TV, estimula a concentração do dinheiro na mão de poucos. (...) Não concordo com “rir é o melhor remédio”. Eu nunca disse isso. A amizade claramente é o melhor remédio. É a coisa mais importante na vida. São nossas relações com aqueles que amamos. Infelizmente, os meios de comunicação, sendo como são, muito antes de me conhecer, imaginam que rir seja o melhor remédio. Então, quando escrevem o artigo, põem essa frase porque o fazem, na realidade, sem pensar. " - Patch Adams

"(...)É um filme bom e bonitinho, mas não faz o Brasil querer alimentar todos os cidadãos famintos e parar de matar o rio Amazonas. E eu quero proteger o Amazonas e acabar com a violência contra as mulheres no mundo inteiro. E o filme podia ter integrado isso tudo. Consegui ficar mais tranqüilo com o filme porque o mundo está tão faminto - até da versão condensada, mais simples de qualquer coisa ligada ao amor, porque o amor não está na TV, nem em nenhum lugar, não é ensinado nas escolas - que qualquer versão, até mesmo a versão hollywoodiana mais simples, o mundo aceita. Está faminto por si. (...) No mesmo ano em que Patch Adams foi lançado, Benigni lançou A vida é bela, na Itália. É uma versão bem mais inteligente, com uma mensagem parecida." - Patch Adams


Veja esta entrevista na íntegra nos seguintes vídeos... se você gostou do filme O Amor é Contagioso, com certeza vai achar esta entrevista infinitamente melhor. Abaixo os três primeiros vídeos da entrevista, mas se quizer assistir a entrevista completa clique neste link - Entrevista do Patch Adams - Completa






segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Não percebeu? No Brasil, sua vida vale cada vez menos

Principalmente, se você é pobre. Dois casos demonstram bem isso.

Primeiro: o caso ocorrido em lojas da rede Carrefour. Como relatei aqui, no dia 06, o pedreiro Ademir Peraro havia roubado coxinhas, pães de queijo e creme para cabelo do supermercado Dia%, pertencente à empresa, em São Carlos. O total do furto: R$ 26,00. Por isso, ele foi levado até um banheiro, agredido com chutes, socos e um rodo e deixado trancado, definhando, até às 22h. Depois, buscou socorro, mas já era tarde: acabou morrendo por hemorragia interna e traumatismos. Na delegacia, o segurança confirmou o caso e disse que seu supervisor, que o ajudou na sessão de tortura, havia sido o mais violento. Ninguém foi preso devido à falta de flagrante.

No dia seguinte, seguranças da loja do Carrefour em Osasco, Grande São Paulo, acharam que Januário Alves de Santana estava roubando um automóvel. Por isso, foi submetido a uma sessão de tortura de cerca de 20 minutos. “O que você fazia dentro do EcoSport, ladrão?”, perguntaram, enquanto davam chutes, murros, coronhadas, na sua cabeça, na sua boca. Quando os policias chegaram, mantiveram o terror. Segundo o site Afropress, um teria dito: “Você tem cara de que tem pelo menos três passagens. Pode falar. Não nega. Confessa que não tem problema”. O carro era dele, comprado em suadas 72 vezes de R$ 789,44.

Na cabeça dos seguranças do supermercado, um negro não poderia ter carro de bacana branco. Ambas empresas de segurança envolvidas, tanto no caso do pedreiro quanto no de Januário, que também é segurança, eram terceirizadas.

Segundo: o caso do trabalhador rural Elton Brum da Silva, morto na manhã desta sexta (21), durante uma ação de despejo de sem-terras da fazenda Southall, no município de São Gabriel (RS). A operação foi levada a cabo por 300 policiais da Brigada Militar estadual. Desde que assumiu, a política da governadora Yeda Crusius tem sido de repressão dura, violenta e intransigente contra os movimentos sociais. Seguindo essa toada, virão mais mortes até o final do mandato.

Yeda sustenta-se no cargo, mesmo com quase dois terços da população desaprovando seu governo, mergulhada até o pescoço em denúncias de corrupção que teriam beneficiado ela própria. Vale lembrar que o Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul pediu o seu afastamento, pois seria beneficiária de um esquema que desviou R$ 44 milhões do Detran gaúcho. Parte dos recursos teriam sido usados por Yeda para comprar uma casa de cerca de R$ 1 milhão.

Morto a rodo por furtar coxinhas, torturado por ter mais do que “aparentava”, assassinado pelas mãos da polícia por lutar por uma vida melhor. Enquanto isso, uma pessoa rica acusada de desviar recursos públicos para comprar uma casa pode continuar governando o Estado. Ou o Senado.

É por essas e por outras que tenho orgulho de ser brasileiro!

Leonardo Sakamoto em seu blog

Exclusão em Países Ricos - França



Grande campanha da fundação francesa Fondation Abbé Pierre, que foi lançado em novembro passado.
A campanha visa sensibilizar o público em geral e o governo da crise de más condições de habitação na França.

Para mostrar sem rodeios que milhares de pessoas na França têm tão pouco espaço para viver como um carro na rua, cartazes em tamanho real de 7 m2 (do tamanho de um espaço de estacionamento) foram presos perto de locais simbólicos, em Paris.

Os outdoors mostra o espaço de um tamanho real de 12 m2 apartamento.

12 m2 affiche pour une, c'est normal, mais pour une famille? Agissons.
12 m2 é bom para um outdoor, mas para uma família? Vamos tomar medidas.

Fondation Abbé Pierre
via osocio.org

Combate à escravidão moderna na Europa é tarefa árdua

Escravidão hoje é menos visível do que nesta obra de um artista senegalês Escravidão hoje é menos visível do que nesta obra de um artista senegalês

Antes, sua mão-de-obra era negociada abertamente, já que, aos olhos da lei, o comércio de escravos não constituía crime. Embora proibido e combatido, o tráfico humano continua florescendo – na clandestinidade.

Em todo o mundo, milhões de pessoas são mantidas em servidão e forçadas a trabalhar. As principais vítimas são mulheres obrigadas a se prostituir contra a própria vontade. Mas também na gastronomia e em residências particulares perduram formas de escravidão moderna. Raramente o fenômeno está visível sendo, portanto, difícil de combater; também na Europa e especificamente na Alemanha.

Descobertas por acaso

'Escravo moderno' e filho na produção de carvão em Grão Mogol, Minas Gerais'Escravo moderno' e filho na produção de carvão em Grão Mogol, Minas Gerais

A refeição estava excelente, os clientes do restaurante etíope plenamente satisfeitos. No entanto, se soubessem sob que condições sua comida fora preparada, possivelmente ela teria ficado entalada na garganta. Pois na cozinha uma mulher trabalhava da manhã à noite, sem falar uma palavra de alemão, totalmente isolada do mundo, pelo salário de fome de 500 euros em um ano e meio – menos de um euro por dia.

Em maio de 2009, as desgraças dessa mulher da Etiópia foram manchete na Alemanha. E lembraram o destino de uma outra, indonésia, que durante anos fora explorada como escrava nos serviços domésticos da casa de um diplomata iemenita em Berlim.

Ambos os casos vieram à tona mais ou menos por acaso, pois, via de regra, os implicados são os únicos a tomar conhecimento da "moderna escravidão". Mais raro ainda é as vítimas receberem justiça, na forma de uma indenização financeira ou da condenação de seus algozes.

Leis e prática corresponsáveis

A rigor, não existem números confiáveis sobre o tráfico humano e o trabalho forçado. De acordo com estimativas de organizações nacionais e internacionais, mais de 10 milhões de pessoas seriam afetadas, em todo o mundo. A Alemanha é considerada uma espécie de eixo de conexão para esse tipo de delito, tanto como país de trânsito como de destino.

Ao que tudo indica, é na nação mais populosa e economicamente forte da Europa que a escravização se revela mais lucrativa, seja nas zonas de meretrício, na construção civil, ou na gastronomia.

Segundo a especialista em direitos humanos Heike Rabe, tanto a legislação quanto a prática das autoridades competentes contribuem para que apenas raramente um ou outro caso espetacular venha à tona. Nos setores como a construção civil ou a agricultura, submetidos a controle estatal, o foco de atenção está antes na relação trabalhista, na legalidade e em documentos, "não se presta tanta atenção se há vítimas ou se elas têm direitos".

Índia: 80 centavos por cada mil tijolos carregadosÍndia: 80 centavos por cada mil tijolos carregados

Medo da deportação

Por encomenda do Instituto Alemão de Direitos Humanos, Rabe realizou em estudo sobre o comércio humano no país, e juntamente com a fundação Memória, Responsabilidade, Futuro, participa de um projeto-piloto em prol dos direitos das vítimas da escravidão.

Uma de suas metas é obter ressarcimento financeiro pelos vencimentos não pagos. Entre os poucos sucessos registrados, está o caso do diplomata iemenita, condenado a pagar 23 mil euros à doméstica que explorava. Segundo estatísticas, entre 2006 e 2007 o número de casos de escravidão investigados elevou-se de 356 para 454.

Porém é raro os atingidos procurarem as autoridades ou os centros de aconselhamento, ou por estarem intimidados ou por temerem a deportação, já que muitos são imigrantes clandestinos. E, embora sendo chamados a testemunhar, têm poucas chances de ser indenizados, devido a seu estatuto ilegal.

Direitos inalienáveis

Alemanha: prostitutas 'por opção'? Alemanha: prostitutas 'por opção'?

O diretor do Instituto Alemão de Direitos Humanos, Heiner Bielefeldt, insiste que esses direitos inalienáveis sejam colocados à frente da legislação de estrangeiros.

"Mesmo as pessoas que, do ponto de vista das leis de imigração, encontram-se de fato na ilegalidade, também para essas vigoram os direitos humanos. Estes independem de qualquer tipo de status, inclusive do estatuto de permanência num país."

Segundo Bielefeldt, o governo alemão compartilha essa opinião, e por isso ele apela a Berlim para que ratifique a convenção do Conselho da Europa contra o tráfico de seres humanos, formulada em 2005.

Tema penoso

Trabalhadores poloneses explorados na agricultura do sul da Itália Trabalhadores poloneses explorados na agricultura do sul da Itália

Seja como for, há movimento em torno do tema. No segundo semestre deste ano, a Comissão Europeia propôs uma série de emendas legislativas no sentido de um combate mais eficiente ao abuso sexual de menores e ao comércio humano em geral.

Discute-se tanto a adoção de penas mais duras para os infratores, como o bloqueio de websites de pornografia infantil – introduzido recentemente na Alemanha, após meses de debates. No entanto, são grandes as dificuldades no caminho de uma solução comum europeia, já que sua aceitação teria que ser unânime.

A tentativa fracassada da coalizão governamental alemã de enfrentar com maior rigor a prostituição forçada e a exploração sexual ilustra bem quão penoso é esse tema. Praticamente no fim da atual legislatura, conservadores (CDU/CSU) e social-democratas (SPD) não conseguiram até hoje chegar a um projeto de lei consensual.

Autor: Marcel Fürstenau
Revisão: Carlos Albuquerque

Com Alckmin, passeando na Daslu

da série "Aprendendo com o passado"

MÔNICA BERGAMO - Folha de São Paulo, Segunda-feira 6 de junho de 2005.

Com Alckmin, passeando na Daslu

Divulgação

Donata Meirelles (de branco), Eliana Tranchesi (de preto), Geraldo e Lu Alckmin (ao centro)


"Sôôôô!". Donata Meireilles, diretora da Daslu, tenta puxar Sophia Alckmin para perto dos pais dela, Geraldo e Lu Alckmin. "Ai, eu vou chorar", diz Sophia, diretora de novos negócios da butique. Em poucos segundos o governador de SP desfará o laço da fita de inauguração da Daslu, o maior templo de consumo do país. Ali, em quatro andares e 20 mil m2, serão vendidos, a partir de quarta, 120 marcas com produtos que vão de uma caixa de band-aid por R$ 3,99 a uma ilha em Angra por R$ 8 milhões.

E soam os violinos da Daslu Orchestra, formada por 50 músicos. São 12h de sábado. Alckmin, que chegou ao prédio de helicóptero, desfaz a fita: "A Daslu é o traço de união entre o bom gosto e muitas oportunidades de trabalho", diz. Só para a família de Alckmin são duas: trabalham lá a filha e a cunhada dele, Vera, que faz listas de presentes para noivas. A loja tem outros 958 funcionários.

Lágrimas, aplausos, tumulto. Uma flûte de champanhe se estilhaça no chão, aos pés do governador. "Não tem ninguém descalço aqui, né?", diz a primeira-dama, Lu Alckmin. O governador se abaixa para pegar os cacos. Garçons de luvas brancas socorrem o casal. O modelo Anderson Varejão pergunta se Alckmin é "candidato à Presidência". "Vou responder só no ano que vem", diz Alckmin.

Sophia puxa o pai pelo braço: começa o tour pela Daslu. Primeiro piso, importados femininos. Alckmin entra na Chanel, onde um smoking de veludo preto é vendido a R$ 22.600, uma sandália de cetim, gurgurão e pérolas sai por R$ 2.900 e uma bolsa multipocket, por R$ 14.000. As vendedoras informam que há mais de 50 pessoas na fila em SP para comprar o mimo, até baratinho se comparado à bolsa Dior de couro de crocodilo, de R$ 39.980, e à mais cara Louis Vuitton, com pele de mink: R$ 23 mil.

O ex-senador Pedro Piva e Andrea Matarazzo, secretário de Serviços da Prefeitura, encontram o governador. "Estamos querendo fazer a Dasluz no centro de SP", diz Matarazzo. "Aí esculhamba tudo. Confunde o perfil", opina Piva.

John Kirton, presidente da Chanel para as Américas, veio do Panamá prestigiar a nova Daslu. A marca tem lojas no México e em SP. Kirton revela que as brasileiras "compram mucho". Mais do que no México? "Bastante más acá."

A empresária Helena Motin é uma das grandes clientes de Chanel no Brasil. Emocionada, elogiava a nova Daslu.

"Isso aqui é uma apoteose", dizia. Motin compra "Chanel, Prada, Gucci, tudo na Daslu. Não compro mais nada lá fora". Ela diz que a maior extravagância que já fez na vida foi "gastar R$ 280 mil numa Mercedes. E na Daslu foi durante uma liqüidação. Fui me empolgando, me empolgando... Eram umas 20 peças, todas de grife. Hoje mesmo (sábado, 18h) acabei de reservar dois sapatos Chanel. Eu poderia passar o dia me perdendo na Daslu. Aqui é o lugar mais maravilhoso para se perder no mundo." Beth Szafir também estava deslumbrada com a loja. "Tenho vontade de jogar meu guarda-roupa no lixo e comprar tudo novo."

Alckmin segue andando pelo labirinto de lojas estrangeiras, umas grudadas nas outras (na Daslu não há vitrines nem corredores e as escadas rolantes estão embutidas, para não serem vistas. Nada pode lembrar um shopping center).

Chanel emenda com Gucci -onde uma jaqueta de couro sai por R$ 39.498 -, que emenda com Armani -um blazer pode custar R$ 31.240 -que emenda com Prada -um casaco de mink, R$ 47 mil -YSL, Dolce & Gabbana (um jeans, R$ 4.180), Valentino (um casaco de marta-zibelina, com oito rabos do animal na ponta de cada uma das mangas, R$ 43.420).

Um champanhe-bar une as lojas femininas -as portas de Dior, Fendi, Prada e Emilio Pucci dão nele. É um átrio com poltronas verdes e brancas, cortinas de linho estendidas por dois andares e paredes beges bem claras -cor de todos os espaços internos coletivos do prédio. Nos dois dias da festa, que terminou ontem, foram servidas 2.280 garrafas de Veuve Clicquot para 6.000 convidados, que chegaram em 3.000 carros, foram servidos por 500 garçons e zelados por quase cem seguranças.

Sophia leva o pai até o segundo pavimento. Mostra um helicóptero pendurado no teto. "Que lindas as motos, Sô", diz Lu Alckmin à filha ao ver, encostada perto da escada, uma moto Harley Davidson (R$ 195 mil). Alckmin entra na Ermenegildo Zegna, passa pela Ralph Lauren, onde uma camiseta pode custar R$ 2.460. "É tudo muito colorido aqui", observa.

Os carros chamam a atenção do governador. Estão em exibição um Volvo de R$ 365 mil (sem utilitários), lanchas de R$ 7 milhões, TVs de plasma de R$ 300 mil. Na importadora de vinhos, um Chateau Petrus, safra 2000, sai por R$ 20 mil. "Aqui é o setor de tecnologia. Porque o homem vai vir na Daslu ver os brinquedos dele, e não só roupa", diz Nizan Guanaes, que faz tour com um grupo que cruza com o de Alckmin. "Que maravilha, Nizan", diz a publicitária Silvana Tinelli ao encontrar o amigo. "É o maravilhoso mundo do consumo!", diz Nizan.

"Não tem nada igual no mundo", diz o arquiteto Julio Neves, responsável pelo projeto. Ele calcula que a reforma custou "uns R$ 50 milhões. Isso aqui não é um shopping. É um castelo." "É meio Disney. A primeira vez que a gente vai, fica chapado", diz o publicitário Ucho Carvalho, consultor da Daslu. Soraia Milan, diretora de compras da butique, diz que "uma cliente Daslu volta à loja a cada dez dias porque aqui o ato da compra é prazeroso. Ela fica amiga da vendedora, encontra amigas, toma um suquinho, come um lanchinho. E aí vai às compras", diz. "Isso aqui é um clube", completa Julio Neves.

"Vou duas vezes por mês à Daslu", diz Ana Nogueira, dona-de-casa que, de colar Swarovski, prestigiou a inauguração de sua butique predileta. "Adoro passar o dia, fazer compras, almoçar, tomar cafezinho...Mas tenho limite: gasto até R$ 5 mil mensais com roupa", dizia, tomando champanhe com a amiga Beth Ferraz, para quem "a Daslu é um spa". Beth diz que certa vez "meu marido foi para Paris. Fiquei com raiva e detonei R$ 10 mil. Mas, como trabalho, sei o valor do dinheiro. Eu detono pouco. Agora, se a peça é clássica, pago. Dou R$ 20 mil tranqüilamente por uma peça que vou repassar à minha filha".

O governador começa a fazer o caminho de volta. Passa de novo por Ralph Lauren, Chanel. Os repórteres perguntam a Lu Alckmin: "A senhora está de bolsa Chanel. E a blusa? "É Burberry", responde Lu. "Gosto de peças clássicas". O governador, que diz comprar só "umas camisas" na Daslu, aperta o passo. Ainda vai a Carapicuíba. E Lu tem que correr para o Palácio dos Bandeirantes. Precisa se trocar, "colocar um jeans", para o próximo compromisso: um evento na Água Branca em que caminhões de vários bairros entregarão agasalhos doados para as crianças pobres da cidade enfrentarem o inverno que se avizinha.

Prezada Mônica Bergamo,
Parabéns. Seu texto sobre a inauguração da Daslu é jornalismo de primeira.
Indignei-me à medida que caminhei ao lado do governador pelas lojas e soube os preços dos "brinquedinhos". A cada comentário das "daslusetes" minhas entranhas se revolveram.
O casal Geraldo e Lu terem que sair correndo para Carapicuíba e Água Branca foi o confeite na sutil ironia que permeou todo seu relato. Mais uma vez, parabéns.
Agora vou chorar um pouco. A insensibilidade das elites que adoram se "perder no lugar mais maravilhoso do mundo" pertinho da miséria do país mais injusto do mundo, dá vontade de morrer.
Ricardo Gondim

Soli Deo Gloria

domingo, 23 de agosto de 2009

Fora da Zona de Conforto! [23/08/09]

Europa enfrenta dificuldades no combate à escravidão moderna
Em todo o mundo, milhões de pessoas são mantidas em servidão e forçadas a trabalhar. As principais vítimas são mulheres, obrigadas a se prostituir contra a própria vontade. Mas também na gastronomia e em residências particulares perduram formas de escravidão moderna. Raramente o fenômeno está visível sendo, portanto, difícil de combater; também na Europa e especificamente na Alemanha.
foto: 'Escravo moderno' e filho na produção de carvão em Grão Mogol, Minas Gerais

Ortega declara Nicarágua "livre de analfabetismo", certificado pela Unesco
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, declarou neste sábado oficialmente seu país como "território livre de analfabetismo", após reduzir durante seu mandato a taxa de iletrados de 20,7% para 3,56%, uma estatística avalizada pela Unesco.

Responsáveis por escravidão de indígenas são denunciados
Cerca de 60 trabalhadores da etnia Kaingang foram submetidos à condição análoga à escravidão por um período de dois anos. O crime foi descoberto porque três vítimas da exploração entraram com ações trabalhistas na Justiça

Operações reforçam elo entre escravidão e desmatamento
Intensificação do esforço de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT) nos últimos anos resulta em flagrantes e ações contra o trabalho escravo no Amazonas

Cadeia são para os de baixo

"Cadeia são para os de baixo. O Brasil é onde se tem o maior indice de prisão preventiva do mundo. E quem são estes 193.000 presos sem sentença final? Pobres. É uma justiça injusta porque prende pobres e privilegia outras classes."
Luis Flavio Gomes - jurista

Guerra do Congo

No sudeste do Sudão, nas fronteiras congolesas, os Médicos Sem Fronteiras trabalham em dez de milhares de campos de refugiados congolese e sudaneses deslocados internamente que fugiram de violentos ataques do grupo rebelde de Uganda - LRA (Lords Resistance Army - Exército Senhores da Resistência)

As fotografias neste vídeo de Brendan Bannon foram tiradas na sua visita a área.


Brasil - Marina Silva e a relação ‘fé e política’

Jung Mo Sung
Adital -

A saída da senadora Marina Silva do PT e sua provável candidatura à presidência do país pelo PV terá algum efeito na relação entre "fé e política" nas comunidades de base e no cristianismo de libertação no Brasil?

Essa pergunta pode parecer estranha, mas eu penso que é bastante pertinente. Uma das grandes novidades do cristianismo de libertação foi a introdução do tema "fé e política" na vida e prática das comunidades cristãs. Na década de 80, era quase impensável alguém ser das comunidades de base e não participar de alguma discussão sobre " fé e política". Uma "fé viva" deveria ser expressa através da participação na política. Naquela época, e ainda hoje em muitos lugares, a "política" da "fé e política" era tudo o que se referia ao bem comum na sociedade. Assim, incluía desde ações sociais na área de saúde até candidaturas de líderes comunitários nas eleições legislativas e executivas em nome da fé cristã. Não havia uma diferenciação entre a ação social, movimento populares, movimentos sociais, ação política e participação nos partidos políticos. Tudo era visto como "Política" (com "P" maiúscula).

Na relação entre fé e política, não havia (e em muitos grupos ainda não há) uma clareza sobre o tipo dessa relação. Assim, com freqüência se ia do campo da fé para o da política de modo direto, sem mediações. Traduzindo isso em um exemplo bem simplificado, podemos dizer que ter uma fé viva significava fazer opção pelos pobres e essa opção pelos pobres, a partir da fé, deveria ser expressa em participação política assumida pela comunidade ou pelas Cebs. Em muitos casos, isso a identificar a participação na comunidade de base com a militância ou adesão a candidatos de um partido assumido pelas lideranças da comunidade. Por isso, em muitas partes do Brasil, ser das Cebs significa ser do PT. É claro que isso não foi em todos os lugares, mas era muito difícil encontrar comunidades de base ou movimentos e grupos de fé e política que tivessem nas suas lideranças pessoas de partidos diferentes. Especialmente de partidos que eram tachados de representantes da burguesia ou do reformismo.

Essa quase identificação natural entre as Cebs e o PT (com algumas exceções, por ex., em algumas regiões do Rio Grande do Sul, o brizolismo dividiu com o PT essa identificação) entrou em uma pequena crise quando surgiu PSOL, que teve entre seus fundadores algumas figuras identificadas com as Cebs e o cristianismo de libertação. Mas, nessa época o tema e o movimento de "fé e política" já estava em crise. Além disso, de um lado, PSOL não teve um grande impacto na vida eclesial e social do país; de outro, diversos setores do cristianismo de libertação viram o PSOL como uma radicalização da opção pelos pobres, da linha mais radical da "fé e política", que seria uma alternativa ao reformismo ou "traição" do governo Lula.

Mas, eu penso que agora, com a candidatura da Marina Silva, as coisas serão diferentes. Não podemos esquecer aqui que o PV, diferentemente do PSOL, não é uma radicalização da postura marxista. A introdução do tema do desenvolvimento sustentável (tratado no artigo anterior) não é um simples adendo ao pensamento marxista tradicional, mas uma ruptura, sem perder de vista as grandes contribuições de Marx. A candidatura dela já nasce forte, com apoio de setores importantes da sociedade e também de figuras destacadas do cristianismo de libertação. Com isso, provavelmente teremos dentro de uma mesma comunidade, grupos ou movimentos cristãos identificados com o cristianismo de libertação uma divisão significativa entre aqueles que apoiarão o PT e o PV na próxima eleição presidencial. Isto é, não haverá mais uma identificação ou uma relação direta entre assumir a fé cristã, na perspectiva da libertação, com uma postura política ou opção partidária.

O pior que poderia acontecer para as comunidades cristãs seria a demonização do PT ou do PV e da candidatura da Marina Silva, na tentativa de manter a visão de que a fé só pode ser expressa socialmente através de um único caminho político-técnico. Eu espero que a divisão política no interior das comunidades de base e do cristianismo de libertação seja visto como um momento de aprendizagem sempre necessária de que comunidade cristã deve ser lugar onde as pessoas celebram e fortalecem a fé cristã libertadora, respeitando pessoas que têm diferentes visões e propostas técnicas ou políticas. Em outras palavras, aprender que entre Fé e Política deve haver uma mediação e que a fé e opções teológico-religiosas não devem ditar as escolhas de caminhos políticos e técnicos na solução dos graves problemas que aflige o povo e o planeta.

Ajude a Nicarágua


A história de Sarah Ezequiel

Você pode achar o filme inquietante, até mesmo chocante, para assistir.
Este filme tem sido dado um certificado 15. Pessoas com menos de 15 anos são aconselhadas a não vê-lo.

Este vídeo do Reino Unido apresenta Sarah Ezequiel, que está vivendo com MND e que depois se tornou o nome desta campanha.
MND, Doença do Neurônio Motor, na maioria dos casos, é uma doença rapidamente progressiva e fatal que pode afetar qualquer adulto a qualquer momento. A causa da MND é desconhecida e não há nenhuma cura conhecida. MND afecta cerca de 5.000 pessoas apenas no Reino Unido, a qualquer momento. No Reino Unido, pelo menos cinco pessoas por dia morrem de MND. Expectativa de vida para a maioria das pessoas com MND é apenas de dois a cinco anos.

A história de Sarah será exibido em mais de 60 salas de cinema em toda a Inglaterra e País de Gales, em janeiro e fevereiro.

Parte da campanha está no 90-second film que se destina a transmitir o impacto emocional de receber o diagnóstico de MND. Ela conta a história de uma jovem mulher que está passando e é "atacado" pelo MND. Uma actriz interpreta o papel de Sarah e que seu corpo se deteriora e a cabeça da atriz é sobreposta sobre o corpo de Sarah Ezequiel.

A história de Sarah Ezequiel encontra-se no site da Associação MND.
http://www.sarahsstory.org.uk/

via osocio.org

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