terça-feira, 15 de setembro de 2009

O camelo e o buraco da agulha


É mais fácil ser adepto da teologia da prosperidade do que da teologia da libertação (que dizem, já morreu, mas os que dizem se enganam). Para quem deseja sucesso rápido, conforto, popularidade, e uma igreja crescendo sem parar, basta que se ofereça o evangelho numa embalagem adequada à burguesia. Recomenda-se evitar: críticas ao acúmulo de riquezas, apêlos humanitários, referências a palavras solidariedade e justiça, opções ideológicas que favoreçam os pobres, demonstração de simpatia a expressões como "contrato social" e "outro mundo possível", sermões baseados nos profetas menores, convocações ao sacrifício, e similares. Apenas dois problemas surgirão no caminho: o tribunal da consciência (que resistido acabará se dissolvendo) e o juízo final.

Ed René Kivitz

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